Por Maria Andreia Parente Lameiras, Sandro Pereira Silva, Lauro Roberto Ramos, Leo Veríssimo Fernandes e Gabriela Carolina Rezende Padilha
O mercado de trabalho brasileiro segue em trajetória favorável, caracterizada, entres outros aspectos, por quedas contínuas da taxa de desocupação e expansão da ocupação, especialmente formal. Adicionalmente, o aumento da massa salarial e os recuos da subocupação e do desalento ratificam esse cenário benigno.
De acordo com as estatísticas mensalizadas da PNAD Contínua, em julho, a taxa de desocupação dessazonalizada recuou pelo sexto mês consecutivo, chegando a 7,6% e atingindo o menor patamar desde abril de 2015. Embora parte dessa queda da desocupação possa ser creditada ao arrefecimento da taxa de participação, a forte expansão da população ocupada é o principal fator explicativo para o recuo do desemprego no país. Entre janeiro e julho, o contingente de ocupados dessazonalizado na economia brasileira passou de 98 milhões para 100,3 milhões de trabalhadores, acelerando 2,3%. Na comparação com julho de 2022, a alta é de 0,9%. Já no caso da taxa de participação, observa-se que, embora já se evidencie uma leve retomada na margem – 62,1%, em julho ante 61,5% observado em janeiro, na série dessazonalizada –, esta variável ainda se encontra em patamar reduzido, quando comparado à sua média histórica.