Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher
As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – sinalizam que, em fevereiro, o mercado de trabalho segue aquecido, conjugando expansões da população ocupada (PO) e dos rendimentos reais, possibilitando, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos e forte crescimento da massa salarial. Em fevereiro de 2025, a PO no país somava 102,8 milhões de pessoas, avançando 3,0% na comparação com o mesmo período de 2024. Já em termos dessazonalizados, em fevereiro, a PO abarcava 103,8 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 1,2% em relação ao observado em janeiro.
Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,7%, passando de 108,9 milhões, em fevereiro de 2024, para 110,7 milhões, em fevereiro de 2025. Em relação a janeiro, registra-se um avanço de 1,2%. Ainda de acordo com os dados da PNAD Contínua, a taxa de participação (TP) no mercado de trabalho brasileiro chegou a 62,5% em fevereiro de 2025, ou seja, 0,5 ponto percentual (p.p.) maior que a observada no mesmo período de 2024. Na comparação com janeiro (62,0%), a TP dessazonalizada acelerou para 62,6%.