Atividade Econômica

Carta de Conjuntura nº 35

Por Leonardo Mello de Carvalho

Após o desempenho favorável do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2017, explicado em grande medida pelo excelente resultado da agropecuária, os indicadores relacionados à atividade econômica seguem apresentando melhora, embora num ritmo ainda modesto. Após a queda de 1,6% no primeiro trimestre desse ano, o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo aponta um crescimento de 0,5% nos investimentos na passagem entre os meses de março e abril. O bom desempenho do consumo aparente de máquinas e equipamentos, que avançou 0,7% nesta mesma base de comparação, também se verificou em outros setores. No mesmo período, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de bens industriais avançou 0,6% sobre o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já em relação ao mês de maio, de acordo com o Indicador Ipea de Produção Industrial, a atividade no setor manufatureiro permaneceu estável.

Se por um lado, o cenário ainda deprimido no mercado trabalho impede uma recuperação mais efetiva da atividade na indústria, por outro, a demanda interna registrou nos últimos meses alguns sinais de melhora. Após registrar crescimento de 1,5% no mês de abril, na comparação dessazonalizada, o Indicador Ipea de Comércio prevê novo avanço das vendas no varejo em maio, que teriam crescido 0,6% na margem. Refletindo esse cenário de transição, que vem caracterizando o final de um longo ciclo recessivo, os indicadores de confiança dos agentes vinham exibindo trajetória ascendente desde meados do início de 2016. Os resultados referentes ao mês de junho, no entanto, já mostram algum arrefecimento, explicado pela piora do cenário político e do consequente aumento de incerteza no ambiente econômico.

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