Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos
A mediana das expectativas do Boletim Focus do Banco Central do Brasil (Focus/ BCB) indica mais um corte da Selic, na reunião que ocorrerá em 07 de fevereiro, que levaria a taxa a 6,75% ao ano (a.a.). A possibilidade de um corte que reduza essa taxa para 6,50% na próxima reunião ou na de 21 de março aparece na meta para a Selic implícita no DI Futuro, que está em 6,67% em fevereiro e 6,57% em março; assim como na média do Focus, que é de 6,75% em fevereiro e de 6,69% em março. Focus e DI preveem que a taxa deverá permanecer até os meses finais deste ano no nível que atingir em fevereiro ou março. Na estrutura a termo da taxa de juros (ETTJ), do início de dezembro do ano passado até a última sexta-feira (26/01), houve redução de 0,4 a 0,5 pontos de porcentagem (p.p.) nos juros reais nos vértices mais longos, enquanto os mais curtos passaram por pouca alteração. Depois de ter caído muito ao longo de 2016 e do primeiro semestre de 2017, a inflação esperada para doze meses seguintes, levando em conta diferentes fontes (Focus/BCB e inflação implícita em títulos públicos e em swaps) passou a oscilar entre 4,0% e 5,0%, aproximadamente. As expectativas para o resultado fiscal primário do setor público consolidado apontam para melhoria gradual ao longo dos próximos anos, mas até 2021 não é esperado superavit pela média das previsões. A expectativa média de crescimento do PIB em 2018 é de 2,6%. Quanto ao deficit em transações correntes do Balanço de Pagamentos, depois de passar de 4,2% do PIB em 2014 para 0,5% do PIB em 2017, a mediana das previsões de mercado indica que deve voltar a aumentar moderadamente, chegando a 2% do PIB em 2021.