Por Estêvão Kopschitz X. Bastos
Este boletim apresenta as expectativas de mercado como estavam em 29 de março de 2019 e as compara com as de cinco semanas antes, 22 de fevereiro, data de referência da última edição. As principais alterações ocorreram nas expectativas para a meta Selic e para o crescimento do produto interno bruto (PIB). O momento esperado para o início da alta da taxa de juros tem sido seguidas vezes postergado. Em 22 de fevereiro, o início era previsto para janeiro de 2020 e a taxa chegaria a meados do ano em 7,5%. A expectativa de mercado, agora, é de estabilidade da Selic em 6,5% até abril de 2020, com posterior elevação para 7% em meados do ano que vem. No cenário básico da Dimac/Ipea, divulgado na Visão Geral da Conjuntura, a meta para a Selic permanece em 6,5% até o fim de 2020. Depois da divulgação do PIB do quarto trimestre de 2018, as projeções do Boletim Focus/BCB para o crescimento do PIB se alteraram, sofrendo também a influência de indicadores de nível de atividade já disponíveis para os primeiros meses do ano. As maiores revisões para baixo ocorreram nos três primeiros trimestres de 2019, e a previsão para o ano caiu de 2,5% para 2,0%. As expectativas de crescimento para 2020 em diante, entretanto, não foram significativamente alteradas. No cenário da Dimac/Ipea, a projeção para 2019 caiu de 2,7% em dezembro de 2018 para 2,0% em março deste ano – para 2020 é de 3,0%, um pouco acima da média do Boletim Focus, de 2,7%. As previsões do Boletim Focus e as do Prisma Fiscal para o resultado fiscal primário quase não se alteraram. O mesmo aconteceu com a taxa de câmbio, as curvas de juros reais e nominais e as expectativas de inflação.