Arquivos mensais: agosto 2020

Indicador IPEA de Consumo Aparente de Bens Industriais – Junho de 2020 Demanda interna por bens industriais avançou 5,2% no mês

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou um crescimento de 5,2% na comparação entre junho e maio, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu uma alta de 2,2% no período anterior, o segundo trimestre de 2020 cedeu 19,6% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) aumentou 16,2% em junho, as importações de bens industriais recuaram 22,5%.

Tabela 1

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retraiu 12,4% contra junho do ano passado. Com isso, o segundo trimestre do ano apresentou uma queda de 19,7% em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou uma queda de 4,2%, enquanto a produção industrial, conforme mensurada pela PIM-PF, do IBGE, acumulou uma baixa de 5,6%.

Grafico 1

A análise dos resultados por grandes categorias econômicas, por classes de produção e por segmentos pode ser vista no texto completo do indicador

Acesse a série histórica completa



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Indicador Ipea de FBCF – Junho e Segundo Trimestre de 2020 Investimentos apresentam recuo de 1,3% em junho, e encerram o segundo trimestre do ano com queda de 24,5%.

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta um recuo de 1,3% na comparação entre junho e maio de 2020, na série com ajuste sazonal. Com isso, o segundo trimestre de 2020 fechou com uma queda de 24,5%, também na série dessazonalizada, reflexo do lockdown implementado na economia brasileira, em virtude da pandemia da Covid-19. Nas comparações com os mesmos períodos de 2019, enquanto junho registrou uma queda de 15,6%, o segundo trimestre encerrou com uma retração de 23,1%. No acumulado em doze meses, os investimentos caíram 4,1%.

Na comparação com o ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – cujo valor corresponde à sua produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações – apresentou uma retração de 13,9% em junho (após alta de 64,6% em maio), encerrando o segundo trimestre com uma baixa de 33,1%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos cresceu 8,2% em junho (segunda alta consecutiva), a importação caiu 56,9% no mesmo período. Este resultado refletiu a alta base de comparação em maio, quando ocorreu um forte aumento associado à importação de plataformas de petróleo.

O indicador de construção civil, por sua vez, avançou 6,5% em junho, na série dessazonalizada. O resultado sucedeu alta de 14,6% no mês de maio. Ainda assim, o segmento registrou um recuo de 13,9% na passagem entre o primeiro e segundo trimestres de 2020.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, todos os segmentos registraram queda em junho. O destaque negativo ficou por conta do componente máquinas e equipamentos, que recuou para um patamar 27,2% inferior a junho de 2019. Na comparação trimestral, o resultado foi similar.

TABELA 1  200806_indicador_fbcf_tabela

GRÁFICO 1200806_indicador_fbcf_grafico

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O teletrabalho no setor público e privado na pandemia: potencial versus evolução e desagregação do efetivo

Por Geraldo Sandoval Góes, Felipe dos Santos Martins e José Antônio Sena Nascimento

Esta Nota Técnica tem o objetivo de realizar um acompanhamento da evolução do trabalho remoto no país durante os meses de maio e junho de 2020, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somado a isso, compara os resultados encontrados nos dois meses de pesquisa com o potencial de teletrabalho estimado em Nota Técnica publicada na Carta de Conjuntura no 47. Dessa maneira, apresenta características das pessoas ocupadas no país no setor público e privado, sendo este separado por atividade e informações pessoais, como gênero, raça/cor, escolaridade e idade, além das distribuições regionais e estaduais.

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