Todos os posts de José Ronaldo de Castro Souza Júnior

Investimento líquido e estoque de capital – primeiro trimestre de 2021

Por José Ronaldo de C. Souza Jr. e Felipe Cornelio

Esta Nota atualiza as séries dos indicadores Ipea de investimento líquido e de estoque de capital até março de 2021. O crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no trimestre, que se deu principalmente devido à alta dos investimentos em máquinas e equipamentos, foi o suficiente para fazer os investimentos brutos superarem o valor da depreciação do capital. Os resultados deste estudo mostram que, a partir de fevereiro de 2021, a série de investimento líquido voltou a acumular valores positivos em doze meses. Com isso, o estoque de capital voltou a apresentar variações interanuais positivas a partir de fevereiro deste ano e já conseguiu superar o patamar pré-pandemia.

Gráficos 3 e 4

Os dados estão disponíveis no Ipeadata

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Inflação por faixa de renda – Maio/2021

Por Maria Andréia P. Lameiras

Em maio, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda voltou a registrar aumento nas taxas de inflação para todas as classes de renda pesquisadas. De acordo com os dados apurados, a inflação foi maior para as famílias de renda muito baixa (0,92%) comparativamente à apontada pelo segmento de renda mais alta da população (0,49%). Após a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, as maiores taxas de inflação estão nas classes de renda média (3,5%) e renda média-baixa (3,4%). Para o segmento de renda mais baixa, a inflação acumulada de 3,0% em 2021 é a mesma apontada pela classe mais alta. Já no acumulado em doze meses, a taxa de inflação das famílias de renda muito baixa (8,9%) segue em patamar bem acima do observado na faixa de renda alta (6,3%).

Gráficos 1 e 2_mai21 Tabela 1 _mai21

Acesse a série histórica completa

Veja a análise completa



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais – Abril de 2021 Demanda interna por bens industriais recua 5,4% em abril

Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou uma queda de 5,4% na comparação entre abril e março na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel encerrado em abril retraiu 2,6% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) caiu 2% em abril, as importações de bens industriais recuaram 10,6%, após registrarem alta de 10% no período anterior.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais cresceu 28,9% contra abril do ano passado. Com isso, o trimestre móvel apresentou uma alta de 15,6% em relação ao verificado no mesmo período de 2020. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou varação nula, enquanto a produção industrial, mensurada pela PIM-PF do IBGE, acumulou um crescimento de 1,1%.

Tabela 1

Grafico 1
A análise dos resultados por grandes categorias econômicas, por classes de produção e por segmentos pode ser vista no texto completo do indicador.

Acesse a série histórica completa.



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Desempenho do PIB o primeiro trimestre de 2021

Por Leonardo M. de Carvalho e José Ronaldo de C. Souza Júniorr

O PIB avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior, já livre de efeitos sazonais, de acordo com o IBGE. O resultado ficou acima da previsão divulgada em março deste ano na visão geral da Carta de Conjuntura no 50 – que era de queda de 0,5% –, mas os indicadores mensais divulgados mais recentemente pelo IBGE já apontavam para um desempenho melhor no primeiro trimestre. De modo geral, o desempenho da atividade econômica no primeiro trimestre de 2021 se mostrou resiliente aos impactos do fim do auxílio emergencial e do recrudescimento da crise sanitária. O resultado do primeiro trimestre deixa um carry-over positivo em 4,9% para 2021 – caso permaneça estagnado nos próximos trimestres de 2021, o PIB fecharia o ano com alta de 4,9%.

Em relação à ótica da produção, as projeções divulgadas em março já indicavam uma alta expressiva da agricultura, mas os demais setores surpreenderam positivamente. Pela ótica da despesa, por sua vez, o forte crescimento da formação bruta de capital fixo (FBCF) foi o destaque positivo entre os componentes. Embora uma parte deste resultado esteja associada a importações “fictas” de plataformas de petróleo – como detalhado na nota no 20 desta Carta de Conjuntura – seu bom desempenho foi explicado também pelas altas na produção interna de máquinas e equipamentos e pelo crescimento do investimento em softwares. Como esse efeito contábil afeta negativamente as exportações líquidas, o efeito sobre a variação total do PIB é nulo. Vale destacar também a importante contribuição da variação de estoques no resultado do PIB no primeiro trimestre, que acrescentou 1,3 ponto percentual (p.p.) à sua taxa interanual – lembrando que o PIB cresceu 1% nessa base de comparação.

Nossas projeções de PIB serão revisadas no fim deste mês, na próxima Visão Geral da Conjuntura. O bom desempenho verificado no primeiro trimestre do ano, associado a um forte crescimento da economia global, com aceleração dos preços das commodities, conferem um viés de alta, tornando as perspectivas para o resultado de 2021 mais otimistas. Apesar disso, consideramos o cenário econômico brasileiro ainda sujeito a fatores de risco relevantes, mantendo os níveis de incerteza em patamares elevados.

Gráfico 3

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea de FBCF – Março e Primeiro Trimestre de 2021 Impulsionados pela importação de plataformas de petróleo, investimentos apresentam alta de 4,6% no primeiro trimestre de 2021

Por Leonardo M. de Carvalho e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta um recuo de 4,7% na comparação entre março e fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal. Ainda assim, o primeiro trimestre fechou com uma alta de 4,6% –resultado já ajustado pelas Contas Nacionais Trimestrais, do BGE.Nas comparações com os mesmos períodos de 2020, enquanto março registrou uma expansão de 27%, o primeiro trimestre apresentou alta de 17%. Os resultados voltaram a ser afetados pelas operações envolvendo importações de plataformas de petróleo, ainda sujeitas, em parte, às mudanças no regime aduaneiro Repetro. No acumulado em doze meses, os investimentos apresentaram crescimento de 2%.

Gráfico Tabela

Acesse a série histórica completa

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Boletim de expectativas – Maio de 2021

Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este boletim apresenta uma coleção de expectativas para diversas variáveis econômicas, obtidas de diferentes fontes. Os indicadores de nível de atividade do primeiro trimestre se mostraram melhores do que o esperado, levando a revisões para cima do crescimento estimado para o PIB no primeiro trimestre e para o do ano. Para 2021, a mediana do Focus e a de coleta feita pela Bloomberg coincidem em 3,5%, mesmo número do Boletim Macrofiscal da SPE, divulgado em 18 de maio.

O IPCA-15, divulgado em 25 de maio, acumulou 7,27% em doze meses. No dia 24, o Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea divulgou sua nova projeção para o IPCA em 2021, de 5,3%, revendo a projeção anterior de 4,6%, divulgada em março. A previsão mediana do Focus, em 21 de maio, era de 5,19%; a do cenário básico da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de 5,1%; e a do Boletim Macrofiscal da SPE, de 5,05%. Em todos os casos, o que se espera é a redução da taxa acumulada em doze meses, especialmente a partir de setembro, chegando ao fim do ano próximo ao limite superior da faixa da meta de inflação.

A taxa do swap DI-pré de um ano vinha subindo ao longo de 2021 e havia se estabilizado, em abril, em cerca de 5,2%. Em maio, subiu novamente, para 5,7%. A alta nos juros em 2021 aparece também no DI Futuro, em vencimentos curtos e longos. No entanto, para vencimentos mais longos, como janeiro de 2024 e de 2027, a tônica, desde abril, tem sido a estabilidade.

A expectativa média do Focus/BCB para a taxa de câmbio R$/US$ no fim de 2021 estava, em 21 de maio, em R$ 5,30, mesmo valor da Ptax no mesmo dia e também, aproximadamente, o número esperado para o fim de 2022. Para o deficit em transações correntes do balanço de pagamentos, a mediana das expectativas coletadas pelo BCB é de US$ 2,5 bilhões em 2021, aumentando para US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões em 2022 e 2023; paralelamente, o investimento direto no país esperado para os mesmos anos é de US$ 55 bilhões, US$ 64 bilhões e US$ 66 bilhões

Gráficos 3 e 5

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Contas externas: saldo recorde da balança comercial e câmbio desvalorizado

Andreza Aparecida Palma

Esta nota de conjuntura apresenta uma análise das principais estatísticas do setor externo, com destaque para os dados das taxas efetivas reais de câmbio (Tercs), calculadas pelo Ipea, e a evolução recente da balança comercial e do balanço de pagamentos. De uma forma geral, o desempenho do setor externo não tem gerado grande preocupação durante a crise do coronavírus, com exceção da evolução da taxa de câmbio.

A balança comercial – cuja metodologia de cálculo foi revisada recentemente – é o destaque positivo. As exportações alcançaram US$ 26,5 bilhões em abril e as importações, US$ 16,1 bilhões, resultando em um saldo da balança comercial superavitário em US$ 10,3 bilhões, o maior saldo positivo mensal de toda a série histórica.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus em 2020, há uma tendência geral de diminuição do deficit em transações correntes brasileiro, com expectativa de sucessivos superavit para os próximos meses. Em relação a março, o saldo em transações correntes alcançou um deficit de US$ 3,970 bilhões (3,18% do produto interno bruto – PIB) ante US$ 4,257 (3,44% do PIB) no mesmo período do ano anterior. Cabe notar que o último resultado superavitário havia ocorrido em 2007. Esse resultado esperado é fruto de uma alta no preço das commodities, que favoreceu a balança comercial brasileira. Aliado a uma melhora nos preços, há também aumento da demanda por países que já estão se recuperando da crise provocada pelo novo coronavírus.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O Setor Mineral e a Pandemia de Covid- 19: Um retrato no final de 2020

Por Geraldo Sandoval Góes, Mônica Monnerat Tardin, Ligia Henriques Begot, Daniel Monte Cardoso, Cinthia de Paiva Rodrigues, Patrícia da Silva Pego e José Antônio Sena

Esta Nota de Conjuntura visa apresentar e analisar os principais dados sobre o setor mineral brasileiro relativo ao quarto trimestre de 2020. Concomitantemente, possui a finalidade de acompanhar a evolução conjuntural do setor mineral brasileiro, tendo em vista os efeitos das restrições comerciais e produtivas impostos pela interrupção das atividades econômicas durante a pandemia de Covid-19. Para isso, analisa-se a evolução dos preços, da produção e da exportação das principais commodities minerais produzidas no país: ferro, ouro, cobre, nióbio, manganês e alumínio, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Para a análise da evolução da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) dos minérios selecionados, utilizam-se os dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). Por fim, são apresentados os resultados da produção mineral das principais empresas mineradoras que divulgam seus dados.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores mensais do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

Esta Nota tem como objetivo identificar os aspectos mais relevantes da conjuntura do mercado de trabalho brasileiro por meio de uma análise descritiva dos resultados mais recentes dos principais indicadores de emprego no país: estimativas próprias de dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, além dos dados do Ministério da Economia – Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) e base de seguro-desemprego. De modo geral, os últimos dados indicam que, mesmo diante de uma melhora em alguns indicadores, as condições do mercado de trabalho brasileiro ainda se mostram bastante desfavoráveis.

Gráficos 1 e 2

Acesse o texto completo

Acesse a série mensalizada PNAD contínua



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Mercados e preços agropecuários

Ana Cecília Kreter e José Ronaldo de C. Souza Júnior

Esta nota de conjuntura traz o acompanhamento dos preços domésticos e internacionais e o balanço de oferta e demanda dos principais produtos agropecuários brasileiros, que são os mais representativos para PIB do setor agropecuário, para a balança comercial e para o abastecimento de alimentos do mercado doméstico.

As principais commodities agropecuárias continuaram sendo impactadas pelo câmbio e pela alta dos preços internacionais. Para o Brasil, a desvalorização do real diante do dólar contribuiu para manter os preços das commodities ainda mais atrativos em moeda local. No entanto, o câmbio também teve efeitos adversos sobre as culturas brasileiras que dependem de insumos importados, já que encarecem o custo de produção. Do lado da demanda, destaque para a manutenção do alto volume de embarques para a China e países asiáticos no primeiro trimestre do ano. A demanda mundial aquecida e os estoques baixos contribuíram para boa parte da alta dos preços internacionais.

Em relação aos preços domésticos, o arroz, o leite, as carnes suína e de frango e os hortifrutícolas tiveram queda devido a fatores como a queda na demanda interna decorrente da redução do funcionamento dos bares e restaurantes (food services) e aos possíveis impactos sobre a renda das famílias com o agravamento da pandemia neste ano. Do lado da oferta doméstica, restrições de disponibilidade contribuíram para impulsionar os preços do milho, do café, dos etanóis, dos bovinos e dos ovos. Essa restrição deve ser mantida no próximo trimestre.

Importante destacar que, embora na comparação do trimestre atual com o último trimestre de 2020 os movimentos de preços tenham sido diversos em magnitude e também em direção, na comparação interanual, todos os produtos agropecuários acompanhados nesta publicação apresentam alta de preço, com destaque para os grãos, que alcançaram elevações superiores a 50%, e seus impactos como insumos sobre os custos de produção da pecuária.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------