Arquivos da categoria: Agropecuária

Comércio exterior do agronegócio: primeiro semestre de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit de US$ 71,2 bilhões – crescimento de 32,3% frente ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 79,3 bilhões, enquanto as importações, US$ 8,1 bilhões – valores 29,4% e 8,6% acima dos observados em 2021. Considerando os produtos de todos os setores – balança comercial total –, o primeiro semestre também foi superavitário (US$ 34,3 bilhões), ligeiramente abaixo dos US$ 37 bilhões registrados no primeiro semestre de 2021.

Em junho, o agronegócio apresentou um superávit comercial d​e US$ 14,2 bilhões, mais do que compensando o déficit de US$ 5,4 bilhões nos demais produtos, o que permitiu ao país fechar junho com superávit comercial de US$ 8,8 bilhões (na soma de todos os setores).

O período de março a maio costuma ser o mais forte para o agronegócio brasileiro, e é impactado fortemente pela colheita da soja e pelo abate de bovinos antes do período de estiagem nas principais regiões produtoras. Em 2022, no entanto, as exportações continuaram aquecidas em junho, superando em 31,2% o mesmo mês do ano anterior – o que corresponde a US$ 15,7 bilhões.​

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Comércio exterior do agronegócio: maio de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e Jose Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro exportou US$ 15,1 bilhões em maio, valor 14,2% acima do registrado em igual mês de 2021. O resultado do mês representa o maior valor já registrado de toda a série histórica. De fato, o Brasil tem mantido uma trajetória crescente nas exportações em valor. Além das altas mais significativas de dezembro de 2021 a março de 2022, período de entressafra no Brasil e que costuma ter menor comercialização, os meses posteriores também apresenta ram alta. Já as importações do setor, que iniciaram 2022 em patamares próximos ao de 2021, tiveram alta mais significativa em maio, 25% acima frente ao mesmo mês do ano anterior.

O saldo da balança comercial do agronegócio apresentou, portanto, um superávit de US$ 13,6 bilhões em maio, enquanto que os demais setores da economia brasileira tiveram aumento no déficit – de US$ 3,5 bilhões para US$ 8,6 bilhões, deixando como resultado final um superávit comercial de quase US$ 5 bilhões.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, tanto as exportações quanto as importações apresentam alta, de US$ 63,7 bilhões e US$ 6,6 bilhões, respectivamente, ou crescimento de 29,0% e 6,3%. Este resultado elevou o superávit do agronegócio de US$ 43,1 bilhões para 57 bilhões.​

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Projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2022​

Por Pedro M. Garcia, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

Esta nota revisa a nossa previsão de crescimento do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022, que era de 1,0% (como divulgado na Nota no 28 da Carta de Conjuntura no 54) e passou para a estabilidade – crescimento nulo no ano. O principal motivo desta revisão é a piora da projeção feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE, da produção de soja este ano, agora com uma queda de 12,1% ante o recuo de 8,8% anteriormente divulgado. Como previsto anteriormente, a redução da produção de soja é contrabalançada pelo bom desempenho esperado para outras culturas, como milho e café, e pelas contribuições positivas de segmentos da produção animal, como bovinos e suínos.

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Comércio exterior do agronegócio: abril de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio exportou US$ 14,9 bilhões em abril, o que contribuiu para um superávit de US$ 13,6 bilhões no saldo da balança comercial do setor, crescimento de 15,2% diante de abril de 2021. Em contrapartida, os demais bens – todos os produtos comercializados, exceto os produtos do agronegócio – fecharam abril com déficit de US$ 5,5 bilhões, US$ 3,7 bilhões a mais que no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o resultado total da balança comercial, que considera os produtos de todos os setores, encerrou abril com superávit de US$ 8,1 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um crescimento em valor exportado de 14,9%. Este resultado segue uma tendência de alta observada desde fevereiro de 2021, que teve seu pico nos primeiros meses deste ano – período de entressafra e típico de baixas importações para o Brasil.

O resultado da balança comercial do agronegócio no acumulado do ano (de janeiro a abril) foi bastante expressivo, com superávit de US$ 43,7 bilhões, com as exportações apresentando alta de 34,9% e as importações registrando estabilidade, diante de igual período de 2021. Com esse resultado, o agronegócio foi um dos setores que mais contribuíram para o crescimento de 24,1% no total das exportações nestes primeiros meses do ano. O saldo da balança comercial total, que é a soma de todos os setores da economia, apresentou superávit de US$ 20,2 bilhões, diante dos US$ 18,1 bilhões em 2021, crescimento de 11,8% até agora.

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Mercados e preços agropecuários

Por Ana Cecília Kreter, José Ronaldo de C. Souza Júnior, Allan Silveira dos Santos e Nicole Rennó Castro

Após quase dois anos de incerteza no mercado internacional de commodities agrícolas, decorrente da covid-19, o conflito na Ucrânia elevou novamente a insegurança sobre a oferta e a demanda globais. Consequentemente, os preços internacionais das principais commodities passaram por grandes oscilações no período recente. A Rússia não é só a maior produtora mundial de petróleo e gás: nas últimas safras, o país se tornou o maior exportador de trigo do mundo e importante fornecedor de alimentos para a Europa e Ásia. A Ucrânia, por sua vez, é uma das principais fornecedoras de milho e óleo de girassol, enquanto a Rússia tem grande relevância no mercado europeu de trigo. Além disso, os dois países têm peso relevante no mercado internacional de insumos agrícolas.

Após o início da guerra, os grãos e oleaginosas em geral, puxados pelo trigo e pelo óleo de soja, sofreram importantes altas, de forma abrupta inicialmente, mas estabelecendo-se em patamares muito acimas dos verificados antes do conflito, mesmo após terem recuado nas últimas semanas. É importante apontar que, com os problemas climáticos relacionados à safra de grãos na América do Sul, em especial no Brasil, na Argentina e no Paraguai, o balanço global se tornou ainda mais apertado, o que, por si só, já teria efeitos de alta sobre os preços. Esse choque negativo de oferta somou-se à elevação dos custos de produção – devido às altas dos insumos exportados pelos países em guerra.

Enquanto isso, as commodities soft, como açúcar, café e até mesmo a carne bovina, interromperam a sequência de altas, e apresentaram queda, devido às consequências da guerra sobre a expectativa de crescimento econômico mundial e à sua menor essencialidade em um cenário de conflitos.  No entanto, como a Rússia e a Ucrânia não têm peso relevante nos mercados dessas commodities, os preços voltaram aos patamares pré-conflito.

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Comércio exterior do agronegócio: março de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo Souza Jr.

Março é um mês típico de início de alta nas exportações do agronegócio brasileiro, explicada em parte pelo avanço das colheitas da safra 2021-2022, em especial dos grãos. Mesmo sendo um mês em que é esperada maior comercialização frente a janeiro e fevereiro, o setor apresentou significativo crescimento do valor exportado ante mesmo mês do ano passado, com alta de 29,4%, totalizando US$ 14,5 bilhões. As importações do agronegócio fecharam o mês com US$ 1,4 bilhão, também com alta frente ao mesmo mês do ano anterior, de 5,9%.

Com isso, o primeiro trimestre do ano se encerra com a intensificação do fluxo comercial do agronegócio brasileiro, tanto nas exportações quanto nas importações, mesmo frente a novos desafios como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e o conjunto de sanções que afetou os fluxos internacionais de comércio. Do lado das exportações, merece destaque o bom desempenho do complexo de soja; das carnes bovina e de frango; e de produtos florestais, como a celulose. Já açúcar, café, algodão e milho registraram baixas, resultado das quebras observadas na safra 2020- 2021, fortemente afetadas por questões climáticas adversas e cuja produção ainda está sendo embarcada. A carne suína apresenta retração devido ao excesso de oferta no mercado chinês.

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Comércio exterior do agronegócio: fevereiro de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre e Fabio Servo

O agronegócio brasileiro fechou fevereiro de 2022 com superávit na balança comercial, de US$ 9,3 bilhões, crescimento de 78,8% frente a fevereiro de 2021 e de 20,8% frente a janeiro de 2022. O valor das exportações do setor cor- respondeu a 45,9% do total exportado pelo Brasil neste mês, ou US$ 10,5 bilhões, enquanto as importações representaram apenas 6,6%, ou US$ 1,2 bilhão, aumento de 64,5% e 2,0%, respectivamente, frente ao mesmo mês do ano anterior. O resultado do agronegócio contribuiu de forma positiva e decisiva para a balança comercial total, que considera os produtos de todos os setores, encerrando fevereiro com superávit de US$ 4,0 bilhões.

O resultado do acumulado dos últimos doze meses foi ainda mais expressivo. O valor das exportações do agronegócio teve alta de 27,1% ante igual período do ano anterior e o valor das importações de 8,0%, contribuindo para a alta de 30,1% no saldo da balança comercial do setor, o que corresponde a US$ 113,6 bilhões neste período. Já os demais setores, que representam o total menos o agronegócio, apresentaram queda de US$ 49,8 bilhões no acumulado dos últimos doze meses. Portanto, o saldo total, que é a soma de todos os setores da economia, permaneceu positivo nesse período, fechando em US$ 63,7 bilhões.

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Projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2021 e 2022

Por Pedro Mendes Garcia, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Júnior

A Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea revisou a estimativa para o valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022 de crescimento 2,8% (como divulgado na Nota no 23 da Carta de Conjuntura no 53) para alta de 1,0%. O principal motivo para essa revisão é a nova estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de queda de 8,8% da produção de soja – o prognóstico anterior do LSPA era de alta. Apesar disso, há estimativas de crescimento substantivo em culturas como milho, cana-de-açúcar e café que devem mais do que compensar o desempenho negativo da principal lavoura da produção vegetal. A produção animal também deve contribuir positivamente com crescimento nas produções de bovinos, suínos e aves.

A respeito do resultado registrado para o ano de 2021, o atraso na colheita e efeitos climáticos adversos associados ao fenômeno “La Niña” impactaram o resultado de muitas culturas da produção vegetal, levando a um pequeno recuo do VA do setor agropecuário como um todo, após quatro anos de crescimentos sucessivos. Não obstante, a produção animal apresentou leve alta, com um ano muito positivo para as produções de suínos e aves, o que mais do que compensou o desempenho negativo da produção de bovinos.

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Comércio exterior do agronegócio: janeiro de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre e Fabio Servo. 

O ano de 2022 começa com superavit de US$ 7,7 bilhões na balança comercial do agronegócio no mês de janeiro, enquanto a balança comercial total – que considera os produtos de todos os setores – apresentou um deficit de US$ 214,4 milhões. As exportações do agronegócio fecharam janeiro em US$ 8,8 bilhões – aumento de 57,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior. O valor das importações do setor, no entanto, apresentou em janeiro queda de 15,5% frente a igual mês do ano anterior (gráfico 2), caindo para US$ 1,1 bilhão. Já no acumulado dos últimos doze meses, houve alta de 23,1% nas exportações, e de 16,7% nas im- portações, contribuindo para o saldo da balança comercial do agronegócio de US$ 108,5 milhões neste período (tabela 2). Esse resultado foi mais que suficiente para compensar o deficit acumulado pelos demais setores (US$ 47,1 bilhões), com isso, o saldo total (na soma de todos os setores da economia) foi positivo em US$ 61,4 milhões.

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Comércio exterior do agronegócio: balanço de 2021 e perspectivas para 2022

Por Ana Cecília Kreter e Rafael Pastre

Apesar dos fenômenos climáticos adversos, que afetaram significativamente a agropecuária brasileira, as exportações do agronegócio cresceram 19,7% em valor, atingindo US$ 120,6 bilhões em 2021, novo recorde nacional. As importações também apresentaram aumento de 18,9%. Ainda assim, o agronegócio fechou o ano com um saldo positivo de US$ 105,1 bilhões. A alta dos preços internacionais das commodities teve papel relevante neste resultado. Entre os quinze principais produtos da pauta de exportação – que representaram 89,5% em 2021 –, todos apresentaram alta nos preços médios, alguns acima de 20%, rompendo a tendência de baixa dos anos anteriores. Em termos de quantidade, seis produtos apresentaram queda. Destaque para a carne bovina (-8,3%), decorrente das sanções da China, para o café (-3,6%), desempenho já esperado devido à bienalidade negativa, e para o milho (-40,7%), consequência da queda de safra brasileira. Quanto às importações, além dos produtos tradicionalmente importados pelo Brasil, como trigo, azeite de oliva e pescado, em 2021 o Brasil aumentou suas importações de soja e milho. A nota apresenta o ranking dos principais produtores, consumidores, exportadores e importadores mundiais, destacando a relevância do Brasil no fornecimento de várias commodities, como açúcar, soja, carnes e café. Em relação ao consumo, destaque para a China, que atualmente é o principal destino comercial brasileiro e que, apesar de ser também produtor, é dependente das importações. Por fim, o texto traz as perspectivas do setor para 2022, que estão baseadas em estimativas positivas em relação à produção, mas que dependerão principalmente das condições climáticas.

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