Arquivos da categoria: Atividade Econômica

Investimento líquido e estoque de capital: dezembro de 2024

Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Bruno F. Cordeiro e Felipe Moraes Cornelio

Esta Nota atualiza as séries do Indicador Ipea para investimento líquido e estoque de capital até dezembro de 2024, disponíveis no Ipeadata. Os dados acumulados em doze meses dos inves¬timentos brutos (formação bruta de capital fixo – FBCF) indicaram crescimento real de 6,9% no fim do ano passado. A depreciação do estoque de capital acumu¬lada em doze meses, por sua vez, diminuiu 5,1% em relação a dezembro de 2023. O investimento líquido (FBCF excluído o valor da depreciação) apresentou, assim, crescimento substancial no período (aumento de 150%). Todos os componentes do investimento líquido registraram crescimento, com destaque para o setor de máqui¬nas e equipamentos, que voltou a apresentar valor positivo no acumulado em doze meses após três anos. Como resultado do aumento do investimento líquido, a taxa de crescimento interanual do estoque de capital líquido passou de 0,6% em dezembro de 2023 para 1,5% em dezembro de 2024.

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Boletim de expectativas – abril de 2025

Por Caio Rodrigues Gomes Leite e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas baseia-se nas projeções do Sistema Expectativas de Mercado do Banco Central, para dar uma visão geral das previsões feitas pelos profissionais que contribuem com a pesquisa, abordando inflação, juros, finanças públicas e PIB. Para a inflação e as taxas de juros, recorre-se, também, à estrutura a termo da taxa de juros baseada em títulos públicos, divulgada pela Anbima. Os gráficos tomam como referência a data da última edição deste boletim, em novembro de 2024.

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Indicadores mensais de indústria, comércio e serviços

Por Leonardo Mello de Carvalho

O PIB brasileiro apresentou forte desaceleração no quarto trimestre de 2024, crescendo 0,2% em relação ao trimestre anterior, segundo dados do IBGE. Contrastando com uma taxa média de 1,0% verificada nos três trimestres anteriores, o resultado trouxe como principal surpresa o recuo de 1,0% do consumo das famílias, pela lado da despesa. Esta perda de ritmo, já antecipada pelo desempenho dos indicadores mensais de atividade econômica, reflete os impactos iniciais de uma política monetária restritiva, além de uma demanda interna menos vigorosa, explicada pela aceleração da inflação, especialmente de alimentos, e por uma desvalorização cambial que encareceu importações e impactou negativamente a evolução da massa de rendimentos das famílias, particularmente nos dois últimos meses do ano. Embora estes fatores apontem um crescimento menos robusto em 2025, também caracterizado por um menor impulso fiscal e um mercado de trabalho menos dinâmico, o desempenho esperado para alguns componentes mais exógenos da economia tende a contribuir positivamente, principalmente no primeiro trimestre do ano.

Nesse contexto, o IBC-Br, um dos indicadores que buscam retratar o nível geral da atividade econômica brasileira em base mensal, servindo de prévia para o PIB, iniciou o primeiro trimestre de 2025 se recuperando do recuo verificado no último mês do ano passado (-0,6%). O avanço de 0,9% em janeiro, na comparação livre de efeitos sazonais, o maior desde junho de 2024 (+1,1%), superou as expectativas do mercado, cuja mediana era de 0,2%. Já na comparação interanual, o crescimento foi de 3,6%, representando aceleração em relação ao mês anterior (2,6%). Entre os setores produtivos, os resultados verificados neste início de ano mostraram-se heterogêneos, trazendo sinais mistos. Enquanto a produção industrial e a receita real de serviços registraram contribuição nula na margem, as vendas no varejo se destacaram. Além disso, as perspectivas para a produção de soja e milho no primeiro trimestre indicam uma forte contribuição positiva da lavoura no período. Com o resultado IBC-Br de janeiro, o efeito de carry-over em relação ao primeiro trimestre de 2025 ficou em 0,6% na margem e 3,2% em termos interanuais.

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Visão Geral da Conjuntura

Por Claudio Roberto Amitrano, Mônica Mora Y Araujo e Claudio Hamilton Matos dos Santos

Há momentos em que o ritmo dos acontecimentos se acelera, com efeitos claros na conjuntura econômica. Isso parece ter ocorrido nos últimos seis meses, período marcado simultaneamente pelos efeitos econômicos e geopolíticos (inicialmente da mera possibilidade) da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e por um claro choque de oferta negativo na economia mundial, com o preço das commodities agrícolas subindo 8,4% em dólares entre agosto de 2024 e janeiro de 2025.

 O referido cenário internacional – caracterizado por níveis de incerteza anormalmente altos nos países centrais por conta da perspectiva de rupturas históricas no padrão de funcionamento da economia mundial – teve efeitos claros sobre a economia brasileira, com o contágio ocorrendo precipuamente na taxa de câmbio, que passou de R$ 5,75 por dólar no dia 1o de agosto de 2024 para R$ 6,29 no dia 18 de dezembro do mesmo ano. No mesmo período, a inflação de alimentos disparou no Brasil, influenciada por itens importantes da cesta de consumo dos brasileiros, como café, carne bovina e, mais recentemente, ovos. O que esses bens têm em comum é o fato de que todos tiveram aumentos significativos de preços em dólar em períodos recentes, aumentos esses magnificados no Brasil pela subida do dólar no final do ano passado.

Os dados sugerem, entretanto, que a desaceleração da economia derivada do cenário externo desfavorável e do consequente aperto da política monetária não será particularmente aguda, por conta de uma combinação de fatores. Por isso, o grupo de conjuntura optou por manter a previsão anterior de que a economia brasileira crescerá 2,4% em termos reais em 2025, impulsionada por um crescimento de 1,4% já no primeiro trimestre de 2025 contra o trimestre imediatamente anterior na série dessazonalizada e pelo carry-over herdado do crescimento verificado ao longo de 2024. Para 2026 o cenário, naturalmente, é mais incerto, mas aquele com o qual o grupo tem trabalhado aponta crescimento real de 2,0% do PIB.

A consequência do ajuste gradual na atividade econômica é o gradualismo também na convergência da inflação para o centro da meta. Com efeito, diante de um contexto menos favorável que o projetado no trimestre anterior, as previsões grupo para a inflação em 2025 foram revistas para cima, de modo que a alta projetada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de 4,8% para 5,2%, enquanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a taxa estimada passou de 4,7% para 4,9%.

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Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de janeiro de 2025

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registrou um avanço de 0,5% na comparação entre janeiro e dezembro na série com ajuste sazonal. O resultado sucedeu recuo de 0,8% ocorrido no período anterior. Com isso, o trimestre móvel encerrado em janeiro registrou expansão de 0,4% na comparação dessazonalizada. Nas comparações com os mesmos períodos de 2024, o indicador mensal apresentou crescimento de 5,5% em janeiro e alta de 7,3% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais apresentaram uma expansão de 7,3%.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram um avanço de 0,9% em janeiro, encerrando o trimestre móvel com crescimento de 0,3%. Quanto a seus componentes, tanto a produção nacional como as importações cresceram, com altas de 0,7% e 3,8%, respectivamente. Já na comparação em médias móveis, enquanto a produção nacional subiu 0,7%, as importações caíram 0,2%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos registrou um crescimento de 10,4%.

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Dados Xls



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Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – janeiro de 2025

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais avançou 0,8% na comparação entre janeiro e dezembro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão da queda de 1,3% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e da alta de 10,6% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.

A expansão em janeiro foi a segunda consecutiva na série dessazonalizada. Ainda assim, o trimestre móvel encerrado nesse mês caiu 1,5% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 5,9% em relação a janeiro de 2024, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 5,0%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 6,0% em 2024, contrastando com a elevação de 2,9% apontada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como ilustra o gráfico 1.

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Dados Xls



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Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de dezembro de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registra uma queda de 0,7% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. O resultado sucedeu avanço de 1,0% ocorrido no período anterior. Com isso, o trimestre móvel encerrado em dezembro registrou expansão de 0,4% na comparação dessazonalizada – resultado já ajustado de acordo com as contas nacionais trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas comparações com os mesmos períodos de 2023, o indicador mensal apresentou crescimento de 8,3% em dezembro, e alta de 9,4% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais apresentaram uma expansão de 7,3% em 2024.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram um avanço de 0,5% em dezembro, encerrando o trimestre móvel com crescimento de 0,7%. Quanto a seus componentes, tanto a produção nacional quanto as importações registraram crescimento, com altas de 0,4% e 0,6%, respectivamente. Já na comparação em médias móveis, enquanto a produção nacional subiu 0,8%, as importações permaneceram estáveis. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos encerrou 2024 com um crescimento de 9,7%.

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Dados Xls



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Desempenho do PIB em 2024 – quarto trimestre e acumulado no ano

Por Leonardo Mello de Carvalho e Claudio Hamilton Matos dos Santos 

O produto interno bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou crescimento de 0,2% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre imediatamente anterior, considerando a série dessazonalizada. Na comparação com o mesmo período de 2023, a economia expandiu 3,6%, resultando em um crescimento acumulado de 3,4% no ano. Esses resultados vieram em linha com as previsões apresentadas na Nota de Conjuntura no 65, publicada em dezembro de 2024 pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea, que projetava altas de 0,3% na margem, de 3,8% na comparação interanual e de 3,5% para o acumulado do ano em 2024.

O desempenho da economia no quarto trimestre reflete a desaceleração da atividade econômica ocorrida ao longo dos últimos três meses do ano, influenciada basicamente pelo ciclo de aperto da política monetária iniciado em setembro e pelas altas concomitantes do dólar e da inflação. Em tal contexto, era mesmo de se esperar – já em dezembro último – uma moderação no ritmo de crescimento, conforme antecipamos em nosso cenário.

Já no acumulado do ano, o crescimento de 3,4% do PIB em 2024 teve como pano de fundo principalmente uma pujante demanda doméstica, sustentada pelo dinamismo do mercado de trabalho, pelas transferências de renda por parte do governo às famílias e pelas despesas dos entes subnacionais. Dito isto, mesmo com algum ajustamento de estoques ao longo do ano, e com um nível elevado de utilização dos fatores de produção, uma parcela significativa da demanda interna precisou ser suprida pelo aumento das importações, resultando em uma contribuição líquida negativa do setor externo para o crescimento do PIB. Em contrapartida, a composição do PIB em 2024 revelou uma expressiva participação de componentes tributáveis. O forte crescimento da absorção doméstica no ano (5,3%) teve um impacto positivo na arrecadação de impostos, que encerrou 2024 com alta de 5,5%.

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Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – dezembro de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais avançou 0,3% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão da alta de 1,7% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e da queda de 6,3% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.
A expansão em dezembro sucedeu a queda de 2,4% na série dessazonalizada. Com isso, o trimestre móvel encerrado nesse mês caiu 0,5% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 6,5% em relação a dezembro de 2023, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 7,0%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 5,8% em 2024, superando a elevação de 3,1% apontada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como ilustra o gráfico 1.

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Dados Xls



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Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de novembro de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registrou avanço de 0,4% na comparação entre novembro e outubro na série com ajuste sazonal. Ainda assim, o trimestre móvel encerrado em novembro teve recuo de 0,8% na comparação dessazonalizada. Nas comparações com os mesmos períodos de 2023, o indicador mensal apresentou altas de 6,5%, em novembro, e 9,6%, no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais registraram crescimento de 6,2%.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram queda de 1,0% em novembro, encerrando o trimestre móvel com o mesmo resultado. Quanto a seus componentes, a produção nacional recuou 1,1% e as importações registraram queda de 0,2% em novembro. Já na comparação em médias móveis, a produção nacional registrou queda de 1,5% e as importações caíram 2,5%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos teve expansão de 13,4%.

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Dados Xls



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