Arquivos da categoria: Inflação

Inflação por faixa de renda – março/2025

Por Maria Andréia P. Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que, a despeito de uma alta mais acentuada dos preços dos alimentos no domicílio, a inflação desacelerou em março, comparativamente a fevereiro, para todos os estratos de renda pesquisados. Para as famílias de renda muito baixa, a taxa de inflação recuou de 1,59% para 0,60%, repercutindo, sobretudo, o reajuste bem mais ameno da tarifa de energia elétrica, cuja variação de 0,12%, registrada em março, contrasta com a alta de 16,8%, apontada em fevereiro. Ainda que em menor intensidade as quedas das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e do metrô (-1,7%) também ajudam a explicar o alívio inflacionário em março para os segmentos de menor poder aquisitivo. Já para as famílias de renda alta, o recuo da taxa de inflação de 0,90%, em fevereiro, para 0,60%, em março, veio, especialmente, da melhora do grupo educação, tendo em vista o fim do impacto dos reajustes das mensalidades escolares ocorrido no mês anterior. Nota-se, ainda, que essa descompressão inflacionária no segmento de renda alta, foi atenuada, em parte, pela piora no comportamento das passagens aéreas, com alta de 6,9%, em março, ante queda de 20,5%, em fevereiro.
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Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – fevereiro de 2025

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado Ipea, apresentou taxa de variação de 0,91% em fevereiro de 2025, situando-se 0,37 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2024, a variação foi 0,10 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 7,21% nos últimos doze meses.

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Dados Xls



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Análise e projeções de inflação

Por Maria Andréia P. Lameiras e Tarsylla Godoy de Oliveira

Ao longo do último trimestre, o cenário inflacionário brasileiro se tornou um pouco mais adverso, marcado por uma nova aceleração dos índices de preços, combinada com a retomada mais forte das medidas de núcleo de inflação. Além do impacto exercido pela alta dos preços dos alimentos no domicílio, os aumentos mais fortes dos bens industriais e dos serviços explicam este quadro de pressão inflacionária mais intensa. De acordo com IPCA, em fevereiro, no acumulado em doze meses, a inflação brasileira registrou alta de 5,1% , repercutindo os reajustes de 7,1% dos alimentos no domicílio, de 3,2% dos bens industriais, de 5,3% dos serviços e de 5,2% dos preços administrados. 

No caso dos alimentos, a inflação deste segmento decorreu, sobretudo, da forte alta dos preços das proteínas animais e do café no mercado internacional, que, conjugada com a depreciação cambial de aproximadamente 17% nos últimos doze meses, gerou um aumento da rentabilidade das exportações, levando ao deslocamento de uma parcela maior da produção doméstica para o exterior. Em relação aos bens industriais, observa-se que, além da aceleração de 21% nas cotações das commodities metálicas em dólar, nos últimos doze meses, a depreciação cambial gerou um forte aumento nos custos de produção, cujo repasse para o varejo vem sendo possibilitado pela expansão da massa salarial. De modo semelhante, diante de um mercado de trabalho que, embora em desaceleração, ainda mostra bastante dinamismo, o aumento dos salários reais vem mantendo não apenas a pressão sobre os custos de mão de obra, mas também a continuidade da expansão do consumo das famílias, o que explica a alta da inflação de serviços. Por fim, em que pese um leve repique na margem e uma taxa de inflação ainda elevada, os preços administrados apresentam uma trajetória de desaceleração nos meses mais recentes, repercutindo os reajustes menos acentuados da gasolina, dos medicamentos e dos planos de saúde.

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Boletim de expectativas – abril de 2025

Por Caio Rodrigues Gomes Leite e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas baseia-se nas projeções do Sistema Expectativas de Mercado do Banco Central, para dar uma visão geral das previsões feitas pelos profissionais que contribuem com a pesquisa, abordando inflação, juros, finanças públicas e PIB. Para a inflação e as taxas de juros, recorre-se, também, à estrutura a termo da taxa de juros baseada em títulos públicos, divulgada pela Anbima. Os gráficos tomam como referência a data da última edição deste boletim, em novembro de 2024.

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Visão Geral da Conjuntura

Por Claudio Roberto Amitrano, Mônica Mora Y Araujo e Claudio Hamilton Matos dos Santos

Há momentos em que o ritmo dos acontecimentos se acelera, com efeitos claros na conjuntura econômica. Isso parece ter ocorrido nos últimos seis meses, período marcado simultaneamente pelos efeitos econômicos e geopolíticos (inicialmente da mera possibilidade) da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e por um claro choque de oferta negativo na economia mundial, com o preço das commodities agrícolas subindo 8,4% em dólares entre agosto de 2024 e janeiro de 2025.

 O referido cenário internacional – caracterizado por níveis de incerteza anormalmente altos nos países centrais por conta da perspectiva de rupturas históricas no padrão de funcionamento da economia mundial – teve efeitos claros sobre a economia brasileira, com o contágio ocorrendo precipuamente na taxa de câmbio, que passou de R$ 5,75 por dólar no dia 1o de agosto de 2024 para R$ 6,29 no dia 18 de dezembro do mesmo ano. No mesmo período, a inflação de alimentos disparou no Brasil, influenciada por itens importantes da cesta de consumo dos brasileiros, como café, carne bovina e, mais recentemente, ovos. O que esses bens têm em comum é o fato de que todos tiveram aumentos significativos de preços em dólar em períodos recentes, aumentos esses magnificados no Brasil pela subida do dólar no final do ano passado.

Os dados sugerem, entretanto, que a desaceleração da economia derivada do cenário externo desfavorável e do consequente aperto da política monetária não será particularmente aguda, por conta de uma combinação de fatores. Por isso, o grupo de conjuntura optou por manter a previsão anterior de que a economia brasileira crescerá 2,4% em termos reais em 2025, impulsionada por um crescimento de 1,4% já no primeiro trimestre de 2025 contra o trimestre imediatamente anterior na série dessazonalizada e pelo carry-over herdado do crescimento verificado ao longo de 2024. Para 2026 o cenário, naturalmente, é mais incerto, mas aquele com o qual o grupo tem trabalhado aponta crescimento real de 2,0% do PIB.

A consequência do ajuste gradual na atividade econômica é o gradualismo também na convergência da inflação para o centro da meta. Com efeito, diante de um contexto menos favorável que o projetado no trimestre anterior, as previsões grupo para a inflação em 2025 foram revistas para cima, de modo que a alta projetada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de 4,8% para 5,2%, enquanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a taxa estimada passou de 4,7% para 4,9%.

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Inflação por faixa de renda: fevereiro de 2025

Por Maria Andréia P. Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que, entre janeiro e fevereiro de 2025, a inflação acelerou para todos os estratos de renda pesquisados. No entanto, o impacto foi mais intenso para as faixas de rendas mais baixas. Enquanto a inflação para a classe de renda muito baixa avançou de -0,17% em janeiro para 1,59% em fevereiro, a taxa para o segmento de renda alta passou de 0,54% para 0,90% no mesmo período.

Esse aumento mais expressivo nas classes de menor renda foi impulsionado, principalmente, pela alta nas tarifas de energia elétrica – revertendo a queda de janeiro –, pela persistente elevação dos preços de alimentos no domicílio e pelos reajustes nas passagens de ônibus urbano e trem. Como esses itens têm um peso relativamente maior na cesta de consumo dessas famílias, o impacto foi mais intenso nesse grupo em comparação aos demais. Para as famílias de renda alta, o principal fator de pressão inflacionária em fevereiro foi o reajuste de 5,7% nas mensalidades escolares. No entanto, essa alta foi parcialmente compensada pela queda de 20,5% nas passagens aéreas. Considerando o acumulado de doze meses, após a incorporação dos dados de fevereiro, a faixa de renda muito baixa registrou a menor inflação (4,88%), enquanto o segmento de renda média apresentou a taxa mais elevada (5,14%).

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Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – janeiro de 2025

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,54% em janeiro de 2025, situando-se 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2024, a variação foi 0,15 p.p. menor. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 7,10% nos últimos doze meses.

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Inflação por faixa de renda – janeiro/2025

Por Maria Andréia P. Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelam que, mesmo diante de um cenário de alta de preços dos alimentos, houve uma desaceleração da inflação para todos os estratos de renda pesquisados, entre dezembro e janeiro, especialmente para as faixas de rendas mais baixas. De modo geral, este alívio inflacionário mais intenso para as classes mais baixas é resultado, sobretudo, da queda dos preços das tarifas de energia elétrica, que gerou uma descompressão bem maior nestes segmentos comparativamente aos demais, dado o peso deste item nas suas cestas de consumo. Em contrapartida, para as famílias de renda alta, além da contribuição negativa menor das tarifas de energia, os reajustes das passagens aéreas e dos combustíveis geraram uma pressão inflacionária adicional, limitando a desaceleração da taxa de inflação em janeiro.

Desta forma, enquanto a inflação do segmento de renda muito baixa recuou de 0,48%, em dezembro, para -0,17% em janeiro, a taxa apontada no segmento de renda alta manteve-se praticamente estável, passando de 0,55%, em dezembro, para 0,54%, em janeiro. Com a incorporação do resultado de janeiro, no acumulado em doze meses, a faixa de renda muito baixa registrou a menor alta inflacionária (4,0%), ao passo que o segmento de renda alta apontou a taxa mais elevada (5,0%).

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Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – dezembro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou uma taxa de variação de 0,66% em dezembro de 2024, situando-se 0,26 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a variação foi 0,28 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 7,26% nos últimos doze meses.

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Inflação por faixa de renda – dezembro/2024

Por Maria Andréia P. Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelam que, em dezembro, à exceção da classe de renda alta, todos os demais segmentos pesquisados apontaram aceleração da inflação na comparação com o mês anterior. No caso das cinco primeiras classes de renda, observa-se que, mesmo diante de uma alta menos acentuada dos alimentos no domicílio, a queda menos intensa da tarifa de energia elétrica, aliada à reversão das deflações dos produtos farmacêuticos e de higiene pessoal, explicam esta alta mais forte da inflação em dezembro. No entanto, para o segmento de renda alta, o alívio inflacionário em dezembro veio dos reajustes menores das passagens aéreas e dos serviços de recreação. Dessa forma, enquanto a inflação das famílias de renda muito baixa avançou de 0,26%, em novembro, para 0,48%, em dezembro, a taxa apurada na faixa de renda alta, recuou de 0,64% para 0,55%, na mesma base de comparação.

Com a incorporação do resultado de dezembro, no acumulado de 2024, a faixa de renda baixa registrou a maior alta inflacionária (5,0%) ao passo que o segmento de renda alta apontou a taxa menos elevada (4,4%). Nota-se ainda, que na comparação com 2023, houve uma aceleração da inflação para as quatros primeiras faixas de renda e uma descompressão inflacionária para as faixas de renda média-alta e alta.

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