Arquivos da categoria: Mercado de Trabalho

Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Os indicadores mais recentes confirmam a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, caracterizado por uma forte expansão da população ocupada, que conjugada ao baixo dinamismo da taxa de participação vem possibilitando sucessivas quedas da taxa de desocupação. Os ganhos reais de rendimento, a redução da subocupação e do desalento e a queda consistente do desemprego de longa duração compõem um quadro de resiliência, mesmo diante de um ambiente macroeconômico marcado por juros elevados e atividade econômica em leve desaceleração.

Segundo os dados da PNAD Contínua, no último trimestre móvel, encerrado em julho, a taxa de desocupação no país ficou em 5,6%, atingindo o menor patamar da série histórica dessazonalizada. Esse desempenho decorre, em grande parte, da expansão da população ocupada, cujo montante de 102,4 milhões de pessoas representa uma alta de 2,4% em relação ao registrado no mesmo período de 2024. Deve-se destacar ainda que boa parte deste crescimento da ocupação vem ocorrendo no setor formal da economia. Com efeito, o contingente de trabalhadores com algum tipo de vínculo formal avançou 3,7% em doze meses, superando a expansão de 1,3% da ocupação informal.

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Retrato dos rendimentos do trabalho: resultados da PNAD Contínua do segundo trimestre de 2025

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os dados dos rendimentos do trabalho do segundo trimestre de 2025 apresentaram uma elevação da renda em relação ao trimestre anterior, marcando novamente o pico da série histórica iniciada em 2012. O crescimento interanual da renda habitual média foi de 3,3%. No trimestre móvel terminado em julho de 2025, a renda média recuou ligeiramente para R$ 3.484,00, estando, contudo, 3,9% acima do valor registrado no mesmo trimestre do ano anterior. Com tal resultado, completam-se quase três anos com o crescimento interanual da renda acima de 3%.

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período de 2024 foram registrados no Sul, entre os trabalhadores jovens adultos (entre 25 e 39 anos) e com ensino médio incompleto. Piores desempenhos ocorreram entre os trabalhadores mais velhos (mais de 60 anos) e entre aqueles com ensino superior.

Na análise por tipo de vínculo, assim como no trimestre anterior, os trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira apresentaram crescimento interanual da renda acima dos demais tipos de vínculo (5,6% e 6,8%, respectivamente). Por sua vez, os trabalhadores privados com carteira mostraram um crescimento de 2,3%, mantendo taxas de crescimento mais lento que as categorias informais desde o início de 2022.

Por setor, no segundo trimestre de 2025, a agricultura continuou uma recuperação do rendimento habitual (6,8%), após ter sido claramente o setor que obteve o menor crescimento da renda ao longo de 2024. A renda média habitual do setor de alojamento e alimentação caiu 1,9% no segundo trimestre deste ano, sendo o setor de pior desempenho, seguido do setor de educação e saúde, com queda de 0,1%. Os maiores aumentos interanuais da renda habitual foram observados em construção (6,9%), agricultura (6,8%) e serviços profissionais (5,0%).

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini tem se mantido relativamente estável desde o terceiro trimestre de 2022. No segundo trimestre de 2025, o índice de Gini da renda domiciliar subiu para 0,514. Já o índice de Gini da renda individual subiu de 0,484 para 0,486 entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025.

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Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Leo Veríssimo Fernandes e Gabriela Carolina Rezende Padilha

O mercado de trabalho brasileiro segue demonstrando trajetória bastante favorável, caracterizada por uma taxa de desocupação em níveis historicamente baixos, refletindo, sobretudo, o bom desempenho da população ocupada. Adicionalmente, os aumentos dos rendimentos reais e o recuo do desalento e do desemprego de longo prazo ajudam a completar este cenário de forte dinamismo.

De acordo com os dados da PNAD Contínua, observa-se que, após a mensalização do último trimestre móvel, a taxa de desocupação ficou em 6,1%, em abril, atingindo o menor patamar já registrado pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por certo, a principal força motriz desse movimento de forte recuo da desocupação é o avanço contínuo da população ocupada. Nos últimos doze meses, até abril, a ocupação registra, na média, taxa de crescimento interanual de 2,7%, sustentada, especialmente, pelo emprego formal, cuja taxa média de expansão de 3,6% situa-se bem acima da registrada pelo setor informal (1,5%).

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Dados Xls



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Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD Contínua do primeiro trimestre de 2025

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os dados dos rendimentos do trabalho do primeiro trimestre de 2025 apresentaram uma elevação da renda em relação ao trimestre anterior, marcando o pico da série histórica iniciada em 2012. O crescimento interanual da renda habitual média foi de 4%. Entretanto, estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real alcançou o pico em fevereiro de 2025 (R$ 3.528,00), tendo recuado em abril para R$ 3.408,00, valor 3,4% menor.

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período de 2024 foram registrados no Sul e no Nordeste, entre os trabalhadores mais jovens (entre 14 e 24 anos) e com ensino médio incompleto. Apenas trabalhadores mais velhos ou no Centro-Oeste apresentaram um fraco aumento na renda, abaixo de 2%.

Na análise por tipo de vínculo, assim como no trimestre anterior, os trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira apresentaram crescimento interanual da renda acima dos demais tipos de vínculo (4,7% e 4,3%, respectivamente). Por sua vez, os trabalhadores privados com carteira mostraram um crescimento de 3,5%, mantendo taxas de crescimento mais lento que as categorias informais desde o início de 2022.

Por setor, no primeiro trimestre de 2025, a agricultura mostrou uma recuperação do rendimento habitual (4,8%), após ter sido claramente o setor que obteve o menor crescimento da renda ao longo de 2024. Além da agricultura, os maiores aumentos interanuais da renda habitual foram observados em construção (5,5%) e educação e saúde (4,5%). A renda média habitual do comércio cresceu apenas 1,6% no primeiro trimestre deste ano, sendo o setor de menor crescimento, seguido do setor de serviços pessoais e coletivos com 2%.

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini se reduziu continuamente até o primeiro trimestre de 2022. No entanto, o segundo trimestre de 2022 apresentou uma reversão da queda da desigualdade da renda observada, que continuou no terceiro trimestre tendo o índice da renda domiciliar se mantido relativamente estável desde então. No primeiro trimestre de 2025, o índice de Gini da renda domiciliar recuou para 0,515. Já o índice de Gini da renda individual caiu de 0,492 para 0,485 entre o quarto trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025.

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Indicadores mensais do mercado de trabalho: março de 2025

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta Nota, feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua, sinalizam que, em março, o mercado de trabalho segue aquecido, conjugando expansões da população ocupada (PO) e dos rendimentos reais, possibilitando, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos e crescimento da massa salarial. Em março de 2025, a PO no país somava 103,2 milhões de pessoas, avançando 2,2% na comparação com o mesmo período de 2024. Já em termos dessazonalizados, em março, a PO abarcava 104,0 milhões de trabalhadores, o que representa uma leve alta de 0,2% em relação ao observado em fevereiro. Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,4%, passando de 108,1 milhões, em março de 2024, para 110,7 milhões, em março de 2025. Já em relação a fevereiro, este contingente manteve-se estável.

Ainda de acordo com os dados da PNAD Contínua, a taxa de participação (TP) no mercado de trabalho brasileiro chegou a 62,5% em março de 2025, ou seja, 0,3 ponto percentual (p.p.) maior que a observada no mesmo período de 2024. Na comparação com fevereiro (62,60%), a TP dessazonalizada mostrou relativa estabilidade (62,56%). Nesse contexto, caracterizado por uma expansão da ocupação em ritmo superior ao apresentado pela força de trabalho, a taxa de desocupação (TD) registrou nova queda, em março, recuando de 8,1%, em 2024, para 7,4%, em 2025. Já na série livre de sazonalidade, a desocupação de 6,4% apontada em março recuou 0,3 p.p. ante a observada em fevereiro (6,7%).

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Dados Xls



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Indicadores mensais do mercado de trabalho: fevereiro de 2025

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – sinalizam que, em fevereiro, o mercado de trabalho segue aquecido, conjugando expansões da população ocupada (PO) e dos rendimentos reais, possibilitando, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos e forte crescimento da massa salarial. Em fevereiro de 2025, a PO no país somava 102,8 milhões de pessoas, avançando 3,0% na comparação com o mesmo período de 2024. Já em termos dessazonalizados, em fevereiro, a PO abarcava 103,8 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 1,2% em relação ao observado em janeiro.

Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,7%, passando de 108,9 milhões, em fevereiro de 2024, para 110,7 milhões, em fevereiro de 2025. Em relação a janeiro, registra-se um avanço de 1,2%. Ainda de acordo com os dados da PNAD Contínua, a taxa de participação (TP) no mercado de trabalho brasileiro chegou a 62,5% em fevereiro de 2025, ou seja, 0,5 ponto percentual (p.p.) maior que a observada no mesmo período de 2024. Na comparação com janeiro (62,0%), a TP dessazonalizada acelerou para 62,6%.

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Dados Xls



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Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Leo Veríssimo Fernandes e Gabriela Carolina Rezende Padilha

Ao longo dos últimos meses, o mercado de trabalho brasileiro apresenta uma dinâmica marcada por sinais de resiliência, mas também por indícios de desaceleração, sugerindo que o arrefecimento do nível de atividade no quarto trimestre de 2024 já esteja impactando o ritmo de criação de novas vagas de emprego. Em janeiro, a taxa de desocupação obtida por meio da mensalização dos dados da PNAD Contínua ficou em 7,1%, recuando 0,9 p.p. na comparação com o mesmo período de 2024. Já na série livre de efeitos sazonais, a taxa apurada de 6,6%, em janeiro, mostra uma pequena aceleração em relação a dezembro (6,3%), mesmo diante de uma retração da taxa de participação, que recuou de 62,4% para 61,9% no mesmo período.

 Nota-se que esta queda da taxa de participação retrata um movimento de perda de dinamismo da força de trabalho, que vem contribuindo para manter a taxa de desocupação em níveis historicamente baixos. No último trimestre móvel, encerrado em janeiro, na média, a força de trabalho avançou 1,2%, ao passo que, no trimestre imediatamente anterior, o ritmo de crescimento observado foi de 1,8%. Adicionalmente, chama a atenção o aumento da parcela de indivíduos fora da força de trabalho que, mesmo diante de oportunidades, não manifestam interesse em retornar à atividade – um percentual que saltou de 85,4% para 86,1% no último ano.
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Dados Xls

 



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Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD Contínua do quarto trimestre de 2024

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os dados dos rendimentos do trabalho do quarto trimestre de 2024 apresentaram uma nova elevação em relação ao trimestre anterior, consolidando o aumento da renda iniciado no segundo semestre de 2023. O crescimento interanual da renda habitual média foi de 4,3%. Vale notar que o rendimento médio alcançado no trimestre móvel terminado em janeiro de 2025 (R$ 3.343) é o maior valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período de 2023 foram registrados no Sul, entre os trabalhadores adultos (entre 40 e 59 anos) e com ensino fundamental completo. O crescimento foi menor para os que habitam no Norte, entre os mais velhos (acima de 60 anos) e em regiões metropolitanas.

Na análise por tipo de vínculo, foram os trabalhadores por conta própria e os empregados sem carteira que apresentaram crescimento interanual mais elevado (5,4% e 6,5% respectivamente). Por sua vez, os trabalhadores privados com carteira mostraram um crescimento de 3,0%, mantendo as taxas de crescimento mais lentas que as demais categorias desde o início de 2023.

Por setor, no quarto trimestre de 2024, os piores desempenhos da renda habitual foram nos setores de agricultura e educação e saúde, com queda interanual de 0,1%, e aumento de 1,3%, respectivamente. Já os trabalhadores do transporte mostraram crescimento dos rendimentos habituais de 8,0%.

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini se reduziu continuamente até o primeiro trimestre de 2022. No entanto, o terceiro trimestre de 2022 apresentou uma reversão da queda da desigualdade da renda observada, que continuou no terceiro trimestre, tendo o índice da renda domiciliar se mantido relativamente estável desde então. No quarto trimestre de 2024, o índice de Gini da renda domiciliar retornou para 0,520. Já o índice de Gini da renda individual subiu de 0,490 para 0,492 entre o terceiro e o quarto trimestres de 2024.

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Indicadores mensais do mercado de trabalho: dezembro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – sinalizam que, em dezembro, o mercado de trabalho brasileiro manteve-se em trajetória bastante favorável, contabilizando expansões da população ocupada (PO) e dos rendimentos reais, garantindo, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos e forte crescimento da massa salarial. Em dezembro de 2024, a PO no país somava 103,8 milhões de pessoas, avançando 2,6% na comparação com o mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, em dezembro, a PO abarcava 103,3 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 0,4% em relação ao observado em novembro. Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,4%, passando de 109,0 milhões, em dezembro de 2023, para 110,5 milhões, em dezembro de 2024. Em relação a novembro, registra-se um leve avanço de 0,1%.

Ainda de acordo com os dados da PNAD Contínua, a taxa de participação (TP) no mercado de trabalho brasileiro chegou a 62,5% em dezembro de 2024, ou seja, 0,4 ponto percentual (p.p.) maior que a observada no mesmo período de 2023. Na comparação com novembro (62,4%), a TP dessazonalizada manteve-se praticamente estável (62,5%). Nesse contexto, caracterizado por uma expansão da ocupação em ritmo superior ao apresentado pela força de trabalho, a taxa de desocupação (TD) registrou nova queda, em dezembro, recuando de 7,2%, em 2023, para 6,1%, em 2024.

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Dados Xls

 



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Indicadores mensais do mercado de trabalho – novembro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta Nota– feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua)– sinalizam que, em novembro, o mercado de trabalho brasileiro manteve-se em trajetória bastante favorável, contabilizando expansões da população ocupada (PO) e dos rendimentos reais, garantindo, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos e forte crescimento da massa salarial.

Em novembro de 2024, a PO no país somava 103,7 milhões de pessoas, avançando 2,9% na comparação com o mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, em novembro, a PO abarcava 103,0 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 0,2% em relação ao observado em outubro. Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho, impedindo, assim, uma queda ainda mais significativa da taxa de desocupação (TD).

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Dados Xls



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