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Visão Geral da Conjuntura

Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho

Após o avanço de 1% registrado pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2022 em relação ao período imediatamente anterior, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril e maio. O avanço dos indicadores de atividade está em linha com a evolução positiva do mercado de trabalho, cujos dados mais recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses. Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre: nossa projeção é de crescimento de 0,6%, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior.

Para o segundo semestre do ano, espera-se alguma desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Diante disso, a economia deve fechar 2022 com crescimento de 1,8% do PIB.

Em termos desagregados, esperamos que o crescimento do PIB em 2022 seja liderado pelo setor de serviços, cuja previsão de crescimento é de 2,8%, ao passo que os setores da agropecuária e indústria devem mostrar relativa estabilidade. Pelo lado da demanda, mantemos a avaliação de que a absorção doméstica será determinante neste ano, com crescimento do consumo das famílias de 1,6%. Em relação aos investimentos, após a queda de 3,5% observada no primeiro trimestre, prevemos recuperação parcial no segundo trimestre e relativa estabilidade no resto do ano, de modo que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve fechar o ano de 2022 com queda de 2,8%.

Para 2023, nosso cenário é de crescimento de 1,3% no ano, baseado em duas hipóteses principais: i) com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária no exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade; e ii) ao iniciar-se 2023, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário doméstico sobre a atividade econômica já terá ocorrido.

No que se refere à inflação, apesar da atual taxa ainda elevada e da perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável. Além da expectativa de uma acomodação no preço das commodities agrícolas e da estimativa de melhora na projeção da safra brasileira em 2022, a implementação da Lei Complementar no 194/2022 deve contribuir para uma alta menos acentuada dos preços administrados este ano. Neste contexto, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, nossa estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a previsão foi mantida em 6,3%. Para 2023, a alta de ambos os índices é projetada em 4,7%.

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo

Os principais indicadores recentes de emprego no país demonstram que a trajetória de retomada do mercado de trabalho brasileiro se intensificou ao longo dos últimos meses, combinando crescimento da população ocupada e redução da desocupação, mesmo em um contexto de expansão da força de trabalho. Em abril, na série mensal extraída da série trimestral da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desocupação ficou em 9,5%, recuando de forma significativa na comparação com o mesmo período de 2021 (14,4%). Em termos dessazonalizados, a taxa de desocupação de 9,4%, apurada em abril, se encontra no menor patamar desde outubro de 2015.

Assim como vem ocorrendo desde o início de 2021, esse movimento de redução da taxa de desocupação é decorrente da recuperação da população ocupada, cujo contingente, em abril, chegou a 97,8 milhões de trabalhadores, atingindo o maior patamar já obtido a partir da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo período de 2021, a população ocupada registra alta de 10,8%, enquanto na série livre de sazonalidade, o montante é 2,1% maior que o registrado em março. A análise dos dados da PNAD Contínua revela ainda que a expansão da ocupação vem ocorrendo de forma generalizada, abrangendo todas as regiões, todos os segmentos etários e educacionais e todos os setores da economia.

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo

Os principais indicadores recentes de emprego no país demonstram que a trajetória de retomada do mercado de trabalho brasileiro vem se consolidando, refletindo, sobretudo, a forte expansão da população ocupada e seus efeitos sobre a redução do desemprego. Em janeiro, o contingente de ocupados no país somava 94,1 milhões de trabalhadores, já retornando ao patamar verificado no período pré-pandemia – 94,5 milhões em janeiro de 2020. Na comparação com o mesmo período de 2021, a população ocupada registra alta de 8,1%, tornando-se o principal fator responsável pela queda de 3,3 pontos percentuais (p.p.) da taxa de desocupação, que recuou de 14,7% em janeiro de 2021 para 11,4% em janeiro deste ano.

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A partir da análise dos microdados da PNAD Contínua, observa-se que essa expansão da ocupação vem ocorrendo de forma generalizada, atingindo todos os segmentos etários e educacionais, além de praticamente todos os setores da economia. No entanto, no quarto trimestre de 2021, o crescimento da população ocupada foi mais intenso entre os trabalhadores mais jovens e aqueles com ensino fundamental.

Deve-se ressaltar, no entanto, que apesar dos dados recentes retratarem um cenário mais favorável, o mercado de trabalho brasileiro ainda apresenta uma série de desafios a serem superados. Em que pese a melhora da desocupação, em janeiro, o país ainda possuía um contingente de 12,1 milhões de desempregados, dos quais mais de 30% estão nesta situação há mais de dois anos.

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo

O desempenho recente dos principais indicadores revela que a retomada do mercado de brasileiro se intensificou no último trimestre. Segundo dados da PNAD Contínua, apesar do contingente elevado de desempregados – 13,5 milhões –, a taxa de desocupação dessazonalizada no terceiro trimestre ficou em 12,5%, atingindo o menor nível desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2020. Esta queda do desemprego – que ocorre de modo generalizado, abrangendo todas as regiões e praticamente todos os segmentos etários e educacionais – é resultado de uma expansão significativa da população ocupada, que avançou 11,4%, no terceiro trimestre, na comparação interanual, superando o ritmo de crescimento da força de trabalho (8,6%). O crescimento da ocupação, entretanto, vem ocorrendo de modo mais intenso nos setores informais, refletindo, especialmente, retomada a dos serviços mais beneficiados com o relaxamento das medidas de restrição social. No terceiro trimestre do ano, na comparação interanual, o número de trabalhadores sem carteira e por conta própria registraram alta de 23,1% e 18,4%, respectivamente, enquanto os empregos com carteira assinada apresentaram um desempenho mais moderado (8,6%). Essa melhora das condições do mercado de trabalho, impactada pela aceleração do ritmo de criação de empregos nos últimos meses, pode ser apontada como o principal fator de redução do desalento no país, cujo contingente passou de 5,8 milhões para 5,1 milhões entre 2020 e 2021.

Entretanto, mesmo diante de dados positivos, a situação do mercado de trabalho ainda é bastante desafiadora, combinado desocupação, ainda em patamar elevado, alta proporção de subocupados – 8,2% da ocupação total e 29% de desocupados nesta situação há mais de dois anos.

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Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo

Os dados mais recentes mostram que embora já se verifique alguns sinais positivos, o mercado de trabalho brasileiro ainda apresenta um quadro desafiador, com taxas de desocupação, subocupação e informalidade ainda em patamares elevados. No entanto, o ritmo de recuperação da população ocupada vem se acentuando nos últimos meses, a ponto de conseguir reduzir a taxa de desemprego mesmo num cenário de recuperação da taxa de participação. Segundo a desagregação dos trimestres móveis da PNAD Contínua, observa-se que, após atingir 15,1%, em março, a taxa de desocupação vem decrescendo, de modo que, em junho, já havia recuado para 13,7%. De modo similar, os dados dessazonalizados indicam que a taxa de desocupação em junho (13,8%) é a menor apurada desde maio de 2020.

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As estatísticas extraídas da PNAD Contínua mostram ainda que esse aumento do emprego no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, ocorreu de forma disseminada entre os diferentes segmentos da população, com destaque para a expansão da ocupação entre as mulheres (2,2%), os jovens (11,8%) e os trabalhadores com ensino médio (7,0%).

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Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente lameiras, Carlos Henrique Corseuil e Lauro Ramos

No primeiro trimestre deste ano, apesar da melhora da atividade econômica acima do esperado e do crescimento da população ocupada (PO), as condições gerais do mercado de trabalho brasileiro ainda se encontram significativamente afetadas pela pandemia. De acordo com as estatísticas extraídas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), em março, a taxa de desocupação ficou em 15,1%, 2,3 pontos percentuais (p.p.) acima da taxa registrada no mesmo período de 2020. O desemprego vem sendo pressionado pelo retorno à força de trabalho de uma parcela de indivíduos que haviam ficado inativos por conta da pandemia. Já a PO que se declarava subocupada chegou a 8,2% do total da ocupação, no primeiro trimestre de 2021, avançando 1,0 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Não obstante a alta da desocupação e da subocupação, o crescimento do número de desalentados corrobora essa situação pouco favorável do mercado de trabalho.

A análise dos fluxos de entrada e saída dos trabalhadores entre as diferentes posições no mercado de trabalho – extraídos dos microdados da PNAD Contínua – revela que a pandemia gerou mudanças importantes nessas dinâmicas de transição. No caso da ocupação, observa-se que houve não só um forte aumento no fluxo de saída, mas também uma queda expressiva no fluxo de entrada, de modo que a taxa de saída da PO que costumava apresentar leves oscilações ao redor de 40% passou a registrar 45,3% no segundo trimestre de 2020. Já a taxa de entrada, que também costumava oscilar em patamares próximos a 40% até o fim de 2019, registrou 27,9% no segundo trimestre de 2020. Nota-se, no entanto, que, já a partir do terceiro trimestre de 2020, o fluxo de entrada de trabalhadores na PO passa a superar o de saída, porém a taxas ainda modestas, de modo que essa reversão não foi suficiente para que a PO recuperasse, no primeiro trimestre de 2021, o patamar registrado no primeiro trimestre de 2020. Ainda de acordo com os microdados de transição, observa-se que, enquanto os fluxos de entrada no emprego formal apresentam movimentos similares aos do mercado como um todo, os fluxos de saída do emprego formal crescem menos que os observados na ocupação total. Isso significa que o comportamento do emprego formal durante a pandemia foi mais afetado pela diminuição nas contratações que por um aumento nos desligamentos.

Por fim, registra-se que o aumento do desemprego se deve a uma queda mais abrupta no fluxo de saída do desemprego que no fluxo de entrada, indicando que os trabalhadores estão passando mais tempo na desocupação. Por certo, 69,8% dos desempregados deixavam essa condição no primeiro trimestre de 2020, enquanto apenas 55,2% faziam essa transição no primeiro trimestre de 2021. Nesse mesmo período, o fluxo de entrada no desemprego passou de 77,5%, no primeiro trimestre de 2020, para 64,1%, neste mesmo trimestre de 2021.​

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas para o ano

Por Maria Andréia P. Lameiras

Apesar da melhora dos indicadores iniciada no segundo semestre de 2020, o mercado de trabalho brasileiro segue deteriorado. De fato, mesmo diante da expansão do contingente de ocupados – que avançou de 80,3 milhões para 86,1 milhões, entre julho de 2020 e janeiro de 2021 –, a taxa de desocupação ficou em 14,1%, em janeiro, mantendo-se em patamar elevado.

De maneira geral, o impacto da pandemia tem sido mais prejudicial para os indivíduos mais jovens e os menos escolarizados. No quarto trimestre de 2020, a taxa de desocupação dos trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos atingiu 29,8%, o que significa que há quase 4,1 milhões de jovens à procura de um emprego. Já o corte por escolaridade mostra que a crise acentuou ainda mais a desocupação entre os trabalhadores com ensino médio incompleto, cuja taxa aumentou de 18,5% para 23,7% entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020.

Em relação às perspectivas para o mercado de trabalho, mesmo com a esperada aceleração da atividade econômica no segundo semestre, as vagas geradas não devem ser suficientes para abarcar não apenas os desocupados, mas também os trabalhadores que devem sair da inatividade – em busca de uma nova colocação no mercado – com o fim do auxílio emergencial. Dessa forma, a taxa de desocupação deverá seguir elevada, principalmente nos segmentos mais vulneráveis, ou seja, entre os jovens e os menos escolarizados, cuja probabilidade de transitar da desocupação e da inatividade para a ocupação, que já era baixa, se tornou ainda menor na crise atual.

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Dados mensais de mercado de trabalho



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Mercado de trabalho

Por Maria Andréia Parente Lameiras, Sandro Sacchet de Carvalho, Carlos Henrique L. Corseuil  e Lauro R. A. Ramos

No último trimestre, o mercado de trabalho manteve uma trajetória de lenta recuperação, refletindo o baixo dinamismo da economia brasileira. Nota-se ainda que, embora apresente um recuo da taxa de desemprego e uma aceleração de rendimentos reais, o cenário de emprego no país vem se deteriorando em alguns aspectos. De forma geral, a queda da desocupação não ocorreu por conta da expansão da população ocupada (PO), e sim devido à retração da força de trabalho. Pelo corte etário, percebe-se que o maior recuo do desemprego aconteceu no conjunto dos trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos, cuja taxa caiu de 27,3% (segundo trimestre de 2017) para 26,6% (segundo trimestre de 2018) – de acordo com os microdados extraídos da PNAD Contínua do IBGE. Entretanto, nesse mesmo período, o contingente de jovens ocupados recuou 0,8%, enquanto a população economicamente ativa (PEA) caiu 1,6%. Na abertura por escolaridade, os dados do segundo trimestre de 2018 mostram que, na comparação interanual, as maiores retrações do desemprego ocorreram nos grupos de trabalhadores com o ensino fundamental incompleto e completo, justamente os que apresentaram recuo da ocupação (-3,0% e 2,9%, respectivamente), ainda que em ritmo inferior ao observado na PEA (-3,6% e -4,4%).

Esta seção analisa detalhadamente os dados de mercado de trabalho, com destaque para a análise detalhada do desalento e da relação entre a informalidade e a estrutura setorial da ocupação.

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Mercado de Trabalho

Carta de Conjuntura Nº 39

Por Maria Andréia Parente Lameiras, Sandro Sacchet de Carvalho, Carlos Henrique L. Corseuil  e Lauro R. A. Ramos

Embora o mercado de trabalho tenha apresentado sinais de melhora nos últimos trimestres, os dados mais recentes apresentam certa estabilidade, dando margem a dúvidas quanto ao ritmo e à qualidade dessa recuperação. De fato, o cenário de emprego inicialmente projetado para 2018 havia sido baseado em expectativas de uma aceleração mais intensa da economia brasileira, o que não vem se consolidando. Consequentemente, a melhora projetada para o mercado de trabalho vem ocorrendo de maneira mais moderada, concentrada, sobretudo, no setor de serviços e na expansão da ocupação no mercado informal.

Esta seção analisa detalhadamente os dados de mercado de trabalho e traz dois boxes especiais que tratam da dinâmica dos trabalhadores mais idosos no mercado de trabalho e da aparente discrepância entre os dados de empregos formais divulgados pela PNADC e pelo CAGED.

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Mercado de trabalho

Carta de Conjuntura nº 35

Por Maria Andréia Parente Lameiras e Sandro Sacchet de Carvalho

Esta seção da Carta de Conjuntura revela, por meio de uma análise detalhada dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) trimestral, que o mercado de trabalho brasileiro vem sofrendo importantes mudanças de composição recentemente.

A participação masculina na população desocupada cresceu de 44% para 50% no período de 2012 a 2017, refletindo não só uma contração da ocupação entre os homens (-0,9%), mas também uma expansão de 3,7% da ocupação feminina. Ainda em relação à população ocupada, o estudo mostra que, nos últimos 5 anos, o contingente dos trabalhadores ocupados com idade entre 18 a 24 anos recuou 14,8%, enquanto o dos mais idosos (mais de 60 anos) aumentou 26,3%. Já o corte por escolaridade aponta que a ocupação entre os trabalhadores menos instruídos retroagiu 17,4%, entre 2012 e 2017, contrapondo-se à elevação de 26,3% do grupo de empregados que possuem ensino superior.

O estudo também retrata os dados mais recentes de emprego ao revelar a combinação de uma certa estabilidade da taxa de desemprego com uma recuperação dos rendimentos reais, mostrando que o mercado de trabalho brasileiro continua em processo de ajuste.

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