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Visão Geral da Conjuntura

Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho

O cenário mundial tem piorado, tanto em termos dos dados recentes, quanto em termos das expectativas. A inflação alta e persistente provocou o início de ciclos de aperto monetário nos Estados Unidos e na Europa, com discursos cada vez mais duros dos dirigentes dos bancos centrais e taxas de juros esperadas maiores. Adicionalmente, destacam-se o prolongamento do conflito na Ucrânia e de suas consequências econômicas; na China, os lockdowns para levar a cabo a política de “covid zero” e a grave crise no mercado imobiliário; e a reversão das políticas fiscais expansionistas face ao recuo da pandemia e à necessidade de combater a inflação. Em consequência, as projeções de crescimento no mundo têm se reduzido de forma substancial.

A desaceleração externa deverá afetar negativamente o Brasil, mas a situação do país é diferente da observada na maioria dos países desenvolvidos e em muitos emergentes. O ciclo de aperto monetário, iniciado há um ano e meio pelo Banco Central do Brasil (BCB), parece já ter chegado ao fim e a discussão passa a se concentrar em quando o BCB poderá iniciar a redução da Selic. A inflação está em queda, bem como suas previsões; o nível de atividade vem surpreendendo positivamente e as projeções de crescimento para 2022 vêm sendo revistas para cima.

As projeções do Ipea para o produto interno bruto (PIB) no primeiro semestre de 2022, embora estivessem acima da mediana do mercado, também se revelaram aquém do observado, ensejando a necessidade de revisão das previsões para o ano. Assim, nossa previsão de crescimento do PIB em 2022 está sendo elevada de 1,8% para 2,8%.

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Pela ótica da produção, o crescimento no ano deve ser liderado pelos serviços (3,9%) e pela indústria (1,7%), ao passo que a agropecuária deve apresentar recuo (-1,7%) por conta de dados aquém do esperado e revisões de safras. Pela ótica da despesa, o consumo das famílias deve se expandir em 3,7%, as exportações, em 2,5% e o consumo do governo, em 1%, enquanto o investimento e as importações devem registrar relativa estabilidade (variações de 0,1% e 0,2%).

Cabe ressaltar que, após as surpresas positivas do crescimento nos primeiros trimestres do ano, dados mais recentes de atividade mostram alguma desaceleração na margem. Contudo, o terceiro trimestre ainda deve ser de crescimento. Para o final de 2022 e início de 2023, espera-se alguma desaceleração em função do aperto monetário doméstico e da piora do cenário externo, mas indicadores robustos de mercado de trabalho, as medidas governamentais de apoio à renda e redução de impostos, e o investimento já observado ou contratado, além de um possível efeito continuado das reformas implementadas nos últimos anos, devem evitar uma queda muito expressiva do crescimento. A gradual retomada de alguns setores dos serviços com atividade ainda abaixo dos níveis pré-pandemia, a melhora no comportamento dos preços de bens ou serviços administrados, e o aumento da confiança dos consumidores também representam contribuições positivas para o crescimento.

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O aperto monetário interno e a manutenção de um arcabouço de regras fiscais compatível com o compromisso com a disciplina fiscal – que mantenha, portanto, sob controle o risco associado à evolução das contas públicas – devem permitir a gradual redução da inflação ao longo de 2023 e propiciar as condições para a recuperação do crescimento ao longo do próximo ano.

Para 2023, projeta-se crescimento do PIB de 1,6%. Esse crescimento deverá ser puxado pelo setor agropecuário, que, após cair em 2022, deve crescer 10,9% em 2023. Para a indústria e os serviços, projetam-se taxas de crescimento de 0,8% e 0,7%.

Quanto à inflação, ao contrário do que vem ocorrendo em grande parte dos países, nos últimos três meses, a inflação brasileira surpreendeu favoravelmente, beneficiada, sobretudo, pela melhora no comportamento dos preços administrados. E, nas últimas semanas, o cenário prospectivo para a inflação vem se tornando melhor. As novas projeções do Grupo de Conjuntura do Ipea indicam variação menor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2022, de 5,7%, comparativamente à estimada na edição anterior da Visão Geral da Carta de Conjuntura de 6,6%, há três meses. No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a projeção também foi revista para baixo, e a taxa estimada recuou de 6,3% para 6,0%. Para 2023, as projeções de inflação foram mantidas em 4,7%, tanto para o IPCA, quanto para o INPC.

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Análise e Projeções de Inflação

Por  Maria Andréia P. Lameiras e Marcelo Lima de Moraes

Ao contrário do que vem ocorrendo em grande parte dos países, no último trimestre, a inflação brasileira surpreendeu favoravelmente, beneficiada, sobretudo, pela melhora no comportamento dos preços administrados. Por certo, após registrar alta de 11,7%, no acumulado em doze meses, em maio, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou para 8,7% em agosto. Já no acumulado do ano, a variação apontada pelo IPCA de 4,4%.

Nota-se, ainda, que, ao longo das últimas semanas, o cenário prospectivo para a inflação vem se tornando mais benigno. Por certo, além do recuo da taxa de inflação corrente, a sinalização de uma deflação ainda mais intensa dos preços administrados, aliada a uma melhora no desempenho dos bens industriais – beneficiado por uma trajetória mais favorável das commodities no mercado internacional e pelo processo de normalização das cadeias produtivas – devem gerar uma alta mais moderada da inflação em 2022. Adicionalmente, o ciclo de elevação da taxa básica de juros – completando agora um ano e meio –, certamente contribuirá para este quadro de redução da inflação.

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A partir deste contexto, as novas projeções do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea indicam variação menor do IPCA, em 2022, (5,7%), comparativamente à estimada na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura (6,6%). No caso dos preços administrados, a projeção atual é de deflação de 4,2%, em comparação à alta de 1,1%, prevista anteriormente. Em relação aos bens industriais, a expectativa de inflação recuou de 9,1% para 8,7%. Todavia, as projeções de inflação para os alimentos no domicílio e para os serviços foram elevadas, avançando de 12,3% e 6,9% para 13,2% e 7,6%, respectivamente.

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No caso do Índice de Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a projeção do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea também foi revista para baixo, de modo que a taxa estimada recuou de 6,3% para 6,0%. Em relação aos preços administrados, os modelos mostram que a deflação projetada para o ano deve ser ainda mais intensa, passando de -0,9% para -3,9%. Ainda que em menor intensidade, a inflação esperada para os bens industriais também foi reduzida – alta de 8,3% ante taxa de 8,9% projetada anteriormente. No entanto, há uma previsão maior para a inflação dos alimentos e dos serviços livres, cujas taxas de variação projetadas avançaram de 12,6% e 6,6% para 13,8% e 7,2%, respectivamente.

Para 2023, as projeções de inflação foram mantidas em 4,7%, tanto para o IPCA, quanto para o INPC. ​

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Visão Geral da Conjuntura

Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho

Após o avanço de 1% registrado pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2022 em relação ao período imediatamente anterior, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril e maio. O avanço dos indicadores de atividade está em linha com a evolução positiva do mercado de trabalho, cujos dados mais recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses. Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre: nossa projeção é de crescimento de 0,6%, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior.

Para o segundo semestre do ano, espera-se alguma desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Diante disso, a economia deve fechar 2022 com crescimento de 1,8% do PIB.

Em termos desagregados, esperamos que o crescimento do PIB em 2022 seja liderado pelo setor de serviços, cuja previsão de crescimento é de 2,8%, ao passo que os setores da agropecuária e indústria devem mostrar relativa estabilidade. Pelo lado da demanda, mantemos a avaliação de que a absorção doméstica será determinante neste ano, com crescimento do consumo das famílias de 1,6%. Em relação aos investimentos, após a queda de 3,5% observada no primeiro trimestre, prevemos recuperação parcial no segundo trimestre e relativa estabilidade no resto do ano, de modo que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve fechar o ano de 2022 com queda de 2,8%.

Para 2023, nosso cenário é de crescimento de 1,3% no ano, baseado em duas hipóteses principais: i) com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária no exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade; e ii) ao iniciar-se 2023, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário doméstico sobre a atividade econômica já terá ocorrido.

No que se refere à inflação, apesar da atual taxa ainda elevada e da perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável. Além da expectativa de uma acomodação no preço das commodities agrícolas e da estimativa de melhora na projeção da safra brasileira em 2022, a implementação da Lei Complementar no 194/2022 deve contribuir para uma alta menos acentuada dos preços administrados este ano. Neste contexto, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, nossa estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a previsão foi mantida em 6,3%. Para 2023, a alta de ambos os índices é projetada em 4,7%.

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Análise e Projeções de Inflação

Por: Maria Andréia P. Lameiras e Marcelo Lima de Moraes

Assim como vem ocorrendo em grande parte dos países, a inflação brasileira tem sido fortemente impactada pela aceleração dos preços das principais commodities no mercado internacional, refletindo os efeitos da guerra no Leste Europeu sobre a produção e a comercialização de petróleo, gás e cereais, além do persistente descasamento entre a oferta e a demanda mundial de insumos industriais. Adicionalmente, os danos causados a diversas lavouras temporárias pelos eventos climáticos, no início do ano, e a retomada do setor de serviços, neste período pós-pandemia, completam este quadro de pressão inflacionária em 2022. De acordo com o IPCA, no acumulado em doze meses, até maio, a inflação no país registra alta de 11,7%. Já no acumulado do ano, até maio, a inflação medida pelo IPCA é de 4,8%, impactada pela alta tanto dos preços monitorados (2,5%) quanto dos preços livres (5,6%), refletindo os reajustes dos alimentos no domicílio (9,5%), dos bens industriais (5,9%) e dos serviços (3,8%).

Nota-se, no entanto, que, mesmo diante de um contexto marcado por uma inflação corrente elevada e pela perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável.

Dentro desta nova configuração, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, a estimativa de inflação do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea para o IPCA, em 2022, foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Por um lado, houve uma revisão mais intensa dos alimentos no domicílio e dos bens livres, cujas previsões avançaram de 9,1% e 5,4% para 12,3% e 9,1%, respectivamente, além de uma projeção mais alta para os serviços, com taxa de 6,8% ante 5,5%, estimada anteriormente. Por outro lado, a inflação estimada para os preços monitorados recuou de 6,9% para 1,1%.

No caso do INPC, embora a projeção do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea para o INPC, em 2022, tenha se mantido em 6,3%, houve uma mudança de composição. No caso dos preços livres, espera-se uma aceleração mais forte, refletindo uma pressão maior dos preços dos alimentos no domicílio e dos bens industriais, cujas taxas de variação estimadas avançaram de 9,3% e 5,2% para 12,6% e 8,9%. De modo semelhante, a taxa de inflação prevista para os serviços livres passou de 4,8% para 6,6%. Para os preços monitorados, entretanto, a previsão atual indica deflação de 0,9%, ante variação de 6,6% projetada anteriormente. ​

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Análise e Projeções de Inflação

Por Maria Andréia P. Lameiras e Marcelo L. de Moraes

Os dados mais recentes revelam que o cenário inflacionário no país segue bastante pressionado, de modo que, nos últimos doze meses, terminados em outubro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 10,7%. Nota-se, ainda, que essa aceleração da inflação vem sendo caracterizada por um aumento generalizado de preços, uma vez que os reajustes, inicialmente mais centrados nos bens e serviços administrados e nos alimentos no domicílio, estão se disseminando pelos demais segmentos da economia. Dentro desse contexto e levando-se em conta que a maior parte da alta inflacionária no ano já está contabilizada, as projeções de inflação do Grupo de Conjuntura do Ipea foram revistas para cima, de modo que as estimativas para o IPCA e para o INPC, em 2021, foram alteradas de 8,3% e 8,6% para 9,8% e 10,1%, respectivamente.

Para 2022, mesmo diante de um cenário que prevê desaceleração da inflação em todos os segmentos, há uma perspectiva de que o descompasso entre a oferta e a demanda de matérias-primas deva perdurar no primeiro trimestre. Além disso, o elevado nível da inflação corrente pode gerar algum tipo de inércia inflacionária na formação dos reajustes no próximo ano. Sendo assim, as previsões para o IPCA e o INPC também foram revistas para cima, avançando de 4,1% e 3,9% para 4,9% e 4,6%, respectivamente.

O recuo esperado da inflação, em 2022, está balizado na estimativa de acomodação dos preços do petróleo, ainda que em patamar elevado, combinada à baixa probabilidade de efeitos climáticos intensos e à projeção de um aumento de 7,8% da safra brasileira, que devem gerar uma pressão menor sobre combustíveis, energia elétrica e alimentos. Cabe notar que, apesar dos efeitos positivos sobre a demanda doméstica da retomada mais forte do mercado de trabalho e da implementação do Auxílio Brasil, as variações dos preços de bens e serviços no próximo ano devem ser atenuadas pela sinalização de continuidade da trajetória de alta dos juros. Ressalta-se, no entanto, que os riscos inflacionários, para o próximo ano, seguem associados, externamente, à possibilidade de novas acelerações de preços de commodities e, internamente, à percepção de alguma fragilidade fiscal, além da instabilidade política, oriunda do processo eleitoral, cujos efeitos podem desencadear um novo ciclo de desvalorização cambial.

Tabela 1_nota 15_nov21 Tabela 2_nota 15_nov21 Tabela 3_nota 15_nov21

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Análise e projeções de inflação

Por Maria Andréia P. Lameiras; Marcelo Lima de Moraes; Carolina Ripoli

Os dados mais recentes mostram que as taxas de inflação brasileiras seguem bastante pressionadas, combinando significativa aceleração de preços monitorados, inflação de alimentos e bens industriais em patamares elevados e um movimento inicial de recomposição dos preços dos serviços. No acumulado do ano, até julho, a alta de 4,76%, apontada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já ultrapassa o centro da meta de inflação (3,75%) e vem contribuindo para a elevação das projeções inflacionárias para 2021.

Parte dessa pressão inflacionária já era esperada, especialmente dos preços monitorados – dado o represamento de reajustes em 2020. No entanto, as sucessivas altas das cotações das commodities no mercado internacional e os eventos climáticos adversos – a longa estiagem e a ocorrência de geadas em regiões de produção agrícola – surpreenderam negativamente e desencadearam novos aumentos de preços de alimentos e de energia. Adicionalmente, a recuperação do mercado de trabalho formal e o relaxamento das medidas de distanciamento social, em razão do avanço da vacinação, trouxeram, nos últimos meses, um maior dinamismo ao setor de serviços, gerando margem para uma recomposição de preços nesse segmento.

Balizadas por esse novo conjunto de pontos de pressão inflacionária ainda não dissipados, as projeções de inflação do Grupo de Conjuntura do Ipea foram revistas para cima. Por certo, mesmo diante da perspectiva de uma desaceleração da inflação nos próximos meses, comparativamente ao que foi observado nos mesmos períodos em 2020, a previsão para o IPCA em 2021 foi alterada de 5,9% para 7,1%. De modo similar, as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também foram revistas, de modo que a variação esperada para 2021 aumentou 1,3 ponto percentual (p.p.), passando de 5,1% para 6,4%.

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Tabela 2_nota 17_jul21 Tabela 3_nota 17_jul21

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Análise e Projeções de Inflação

Por Maria Andréia P. Lameiras, Marcelo L. de Moraes, Carolina Ripoli e José Ronaldo C. Souza Jr.

Mantendo uma trajetória de alta, iniciada no segundo semestre de 2020, em abril, no acumulado em doze meses, a inflação brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 6,76%. Em que pese à expectativa de que, no segundo semestre, se verifique um recuo significativo desta taxa de variação, o desempenho recente pior que o esperado anteriormente motivou a elevação da projeção para o IPCA em 2021.

De acordo com a análise do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea, a inflação brasileira deve encerrar o ano com alta de 5,3%, ante variação anterior de 4,6%, divulgada na visão geral da Carta de Conjuntura no 50, em março. De forma desagregada, enquanto a previsão para a inflação dos alimentos no domicílio foi mantida em 5,0%, a alta projetada para os demais bens livres avançou de 3,8% para 4,3%. No caso dos serviços, a previsão foi revista de 3,6% para 4,0%. Por fim, observa-se que o principal fator responsável pela aceleração projetada para a inflação em 2021 está relacionado à trajetória dos preços monitorados, cuja previsão acelerou 2,0 pontos percentuais (p.p.), passando de 6,4% para 8,4%.

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), nota-se que, mesmo diante de um aumento nas expectativas de inflação, o Grupo de Conjuntura ainda prevê uma melhora no comportamento desse índice neste ano em relação a 2020. Segundo as previsões da Dimac, o INPC deve encerrar o ano com alta de 4,7%, acima da estimada anteriormente (4,3%), mas abaixo da registrada em 2020 (5,5%).

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