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A origem do capital das empresas de plataforma digital no Brasil
Publicado em 19/03/2025 - Última modificação em 02/04/2025 às 07h11
O debate sobre como as plataformas digitais estão transformando a economia, a política e as relações sociais ganhou força nos últimos anos. Com governos cada vez mais atentos ao poder dessas empresas e aos riscos que elas impõem, o modelo laissez-faire tem cedido espaço a estratégias regulatórias que buscam conter esse poder e minimizar os impactos negativos das tecnologias. No entanto, há pouca investigação sobre a origem do capital que sustenta essas empresas, sobretudo em países de renda média como o Brasil.
Os pesquisadores Victo Silva, do Interdisciplinary Hub for Digitalization and Society (iHub) da Universidade Radboud, nos Países Baixos, e Tulio Chiarini, analista em Ciência e Tecnologia do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (CTS-Ipea), exploram essa questão em seu trabalho mais recente. Segundo eles, embora a maioria das plataformas ativas no Brasil seja de capital nacional, setores críticos — como redes sociais e marketplaces — continuam dominados por empresas estrangeiras. Essa dependência gera preocupações econômicas e políticas, como transferência de lucros e dados para fora do país, perda de autonomia na governança digital e na moderação de conteúdo, além da dificuldade de concorrência para as empresas brasileiras frente às gigantes globais.
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