Movimentos sociais organizam ato em defesa da educação e do Estado democrático

 

 

São Paulo – Centrais sindicais e movimentos sociais se preparam para atos pelo país no próximo dia 18, que originalmente seriam em defesa da educação, mas ganharam outro significado após declarações de Jair Bolsonaro que, segundo os dirigentes, atacam a democracia. "O país está atônito", disse o presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, que recebeu na manhã desta terça-feira (3) o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Para Miguel, é preciso buscar "pensamentos que unifiquem a nação". Havia no evento de hoje sindicalistas filiados a diversos partidos, como PT, PDT, PCdoB, PPL e SD, entre outros.

Segundo Miguel, a população "não tem perspectiva de melhora", com o país enfrentando aumento da informalidade e "coisas que vão além da legalidade". É preciso retomar políticas públicas, como a de valorização do salário mínimo, defendeu o dirigente. Quase ao final do encontro, representantes de seis centrais entregaram a Flávio Dino documento com a chamada "agenda prioritária" para a retomada do desenvolvimento. O texto de consenso com propostas para o país foi aprovado originalmente em 2010 e teve atualizações desde então.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que Bolsonaro deixou claro que seu projeto é "autoritário" ao participar da convocação de um ato com manifestações favoráveis ao fechamento do Congresso e do Supremo Trabalho Federal. "A classe trabalhadora só avança no ambiente da democracia. Dia 18 temos uma missão importante, que é parar este país. A democracia veio para ficar no Brasil."

Por Vitor Nuzzi para Rede Brasil Atual-03/03/2020

FONTE: https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2020/03/presidente-da-cut-ato-dia-18/