Crédito e juros

Por Estêvão Kopschitz X. Bastos

Em 2018, o mercado de crédito se caracterizou pela estabilidade do saldo total no Sistema Financeiro Nacional (SFN) como proporção do produto interno bruto (PIB). Em termos reais, o saldo total chegou, em dezembro de 2018, 1,7% maior do que em dezembro de 2017. Esse baixo crescimento, contudo, foi composto de diferentes comportamentos dos grandes segmentos. Em termos reais, cresceram os saldos de pessoa física e jurídica do segmento livre e o de pessoa física do direcionado, mas caiu o saldo de pessoas jurídicas do segmento direcionado, predominantemente composto por financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O texto mostra evolução dos dez principais segmentos de crédito, que correspondem a 70% do saldo total no SFN. No último trimestre de 2018, a inadimplência de pessoas físicas no segmento livre continuou caindo e chegou ao nível mais baixo da série histórica. A inadimplência de pessoas jurídicas no segmento livre também continuou a acentuada queda observada desde o segundo trimestre de 2017 e atingiu 2,7%, o nível mais baixo da série que se inicia em 2011. O comprometimento da renda das famílias com o serviço da dívida caiu ao longo do segundo semestre de 2018, chegando a 19,8%. O endividamento como proporção da renda anual elevou-se ligeiramente, partindo de 41% no fim de 2017 e chegando a 42,5% em novembro do ano passado. Esse nível de endividamento é baixo, se comparado internacionalmente, mas o comprometimento da renda com o serviço da dívida é alto.

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