Nota Técnica analisa os impactos dos Jogos Olímpicos Rio 2016

Nota Técnica analisa os impactos dos Jogos Olímpicos Rio 2016

Estudo aponta que, se não fossem os Jogos, crise no Rio de Janeiro teria ocorrido antes e com mais força


Cerca de R$ 40 bilhões. Esse é o valor que o Brasil desembolsou para custear os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O evento contou com a participação de 11.303 atletas, 25.721 jornalistas credenciados, 3 mil árbitros e cerca de 1,17 milhão de turistas. “Os indicadores analisados nos mostram que, mesmo com o agravante da crise do petróleo, a realização dos Jogos atenuou e postergou a crise que a cidade vive hoje”, revelou Glauter Rocha, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental em exercício no Ipea e autor do estudo A economia dos Jogos Rio 2016: bastidores e primeiros impactos.

Foram estabelecidos três instrumentos principais – e oficiais – para ajudar a mensurar e acompanhar os investimentos do projeto olímpico do Rio: a Matriz de Responsabilidade, o “Plano de Políticas Públicas – Legado” e o Orçamento do Comitê Rio 2016, destinado aos gastos de logística e operação dos Jogos. A estimativa de R$ 40 bi inclui os gastos adicionais com investimentos na rede hoteleira carioca e no setor imobiliário. “Um bilhão de reais envolveram esses gastos adicionais e cerca de 30% do restante – R$ 39 bi – foram financiados com recursos privados.”

O estudo compara as situações do município do Rio com as capitais de São Paulo, Salvador e Vitória. “São três cidades em que, assim como no Rio, o setor de petróleo e gás é relevante e que oferecem três portes diferentes de comparação”. Foram analisados dados relativos à ocupação e à renda – taxa de desocupação e rendimento médio do trabalho.

A Nota também traz um comparativo dos Jogos de 2016 com as edições realizadas desde 1992, em Barcelona. O autor dividiu as edições em três grupos. O primeiro com baixo custo fiscal e baixo benefício econômico, como a edição de 1996, em Atenas. O segundo com alto custo e alto benefício – Barcelona (1992), Sidney (2000), Atenas (2004), Londres (2012) e Rio (2016). E o último grupo, com um alto custo e um benefício econômico incerto: Beijing 2008.

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