Ipea lança a 21ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional

Ipea lança a 21ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional


Publicação reúne oito artigos sobre a reforma eleitoral de 2015, financiamento de campanhas e lobbying

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicou nesta sexta-feira, 25, o Boletim de Análise Político-Institucional nº 21. Esta nova edição traz oito artigos divididos em duas seções, uma sobre financiamento de campanhas eleitorais e lobbying, e outra sobre a reforma eleitoral de 2015 e suas prováveis implicações.

Uma avaliação dos financiamentos registrados na eleição de 2014 concluiu que apenas uma pequena parcela - menos de 1% - das empresas brasileiras fez doações para campanhas. Ao analisar a participação de cada setor, os autores revelam que o volume de doações da construção civil foi muito superior ao dos demais setores, relativamente ao esperado com base no seu peso econômico.

Um dos artigos que trata de lobbying - a defesa ou intermediação de interesses junto a decisores públicos - mostra que, aparentemente, essa atividade não vem sendo exercida sob a lógica predominante da oferta de doações de campanha em troca de apoio legislativo. As principais estratégias de ação dos lobistas têm sido o fornecimento de informações técnicas e a mobilização de apoio de parlamentares, sendo que as comissões permanentes aparecem como um dos alvos prioritários.

Outra conclusão presente em um dos estudos desta edição do boletim é que a reforma eleitoral de 2015 não foi muito bem-sucedida no intuito de reduzir o peso do dinheiro nas eleições. Ao observar o comportamento de participantes do pleito municipal de 2016, os autores identificaram que a proibição de doações por pessoas jurídicas eliminou o principal fator de desigualdade entre candidatos, mas pouco diminuiu a concentração das fontes de doação de campanha, elevou o peso do autofinanciamento nas disputas para prefeito e acentuou a relação entre gasto de campanha e voto.

Acesse o boletim na íntegra