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Pesquisa revela que diversidade avança lentamente nas empresas

Apesar de o número de empresas que afirmam manter programas para promover a diversidade e igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho ter crescido nos últimos dois anos, esse quadro vem mudando muito lentamente no Brasil. Pesquisa realizada pelo Instituto Ethos e pelo Ibope Inteligência com as 500 maiores empresas do país mostra que o número de companhias que afirmam ter estratégias para contratar mais mulheres, negros e pessoas com deficiência subiu de 52% em 2005 para 79% em 2007. No entanto, ainda há poucas mulheres e negros em cargos de comando, e as empresas não conseguem sequer cumprir a lei de cotas para contratação de pessoas com deficiência.

Os números fazem parte do estudo "Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas Brasileiras e Suas Ações Afirmativas 2007". O levantamento, bianual, é realizado desde 2001. "Além de traçar uma radiografia das grandes empregadoras, o objetivo do estudo é estimular as empresas a tomar atitudes diante de uma situação conhecida, que é a desigualdade social no ambiente corporativo", diz Paulo Itacarambi, diretor-executivo do Instituto Ethos. "Mais empresas assumem que têm políticas de diversidade, porém os resultados dessas políticas só devem ser visíveis no longo prazo."

Em relação à presença de mulheres, a pesquisa até identificou um avanço. A participação em cargos executivos, por exemplo, praticamente dobrou desde o primeiro estudo, em 2001: era de 6% na primeira pesquisa e hoje é de 11,5%. "Os dados mostram progressos. Porém, quando comparados à participação das mulheres no mercado de trabalho e grau de escolaridade, mostram que elas ainda estão sub-representadas", diz Junia Puglia, vice-diretora do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) para Brasil e Cone Sul.

As mulheres hoje representam 43,5% da população economicamente ativa e são maioria (55%) entre os brasileiros que conseguiram atingir pelo menos 11 anos de estudo, segundo dados do IBGE, mas as empresas ainda não refletem essa realidade", diz.

Inclusão de negros e pessoas com deficiência

As disparidades ficam mais evidentes quando se trata da inclusão de negros. Eles ocupam apenas 3,5% dos cargos executivos, praticamente a mesma presença verificada em 2005 - 3,4%. Houve um aumento mais expressivo na participação em cargos de gerência - de 9% para 17%. Os negros são 46,6% da população economicamente ativa do país, ainda segundo o IBGE.

Apesar da desigualdade, a questão racial é a que menos tem recebido atenção das empresas: apenas 6% declararam manter programas específicos para promover igualdade de oportunidades para pessoas negras, enquanto 20% têm programas voltados às mulheres, e 67% têm estratégias para contratação de deficientes.

"As questões raciais ainda são mais delicadas para as empresas. Há uma resistência cultural, não explícita, à implementação de programas com esse perfil", diz Itacarambi. Segundo ele, muitas empresas temem parecer preconceituosas ao fixar metas para contratar negros.

Para José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, os números são preocupantes. "Todas as empresas concordam que há uma obstrução do acesso dos negros ao mercado de trabalho, mas nenhuma tem uma postura corporativa para atacar o problema", diz. "Como não existe lei que obrigue as companhias a contratarem negros, elas simplesmente não o fazem."

A contratação de pessoas com deficiência é outro ponto crítico. Apenas 24,5% das empresas conseguem cumprir a Lei 8.213/1991, conhecida como lei de cotas. A norma exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham 2% a 5% de pessoas com deficiência em seu quadro. 

Fonte: O Estado de S. Paulo, com base em matéria publicada.


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