Entre os dias 13 e 16 de fevereiro, Porto Alegre será a sede da Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Cidades "Inovação democrática e transformação social para cidades inclusivas do século 21". O evento, que terá especialistas no tema e intelectuais de 30 países, vai discutir as iniciativas democráticas e de transformação social implementadas nos últimos anos, especialmente nos municípios. Quatro eixos norteiam os debates da Conferência: Direito à Cidade; Governança e Democracia em Cidades; Desenvolvimento Local em Cidades; Sustentabilidade e Cidade-Rede. Cada dia um tema é debatido em painéis, mesas, oficinas, conferências magnas, comunicações e mini-cursos. A programação da Conferência inclui mais de 280 atividades. No primeiro dia, a discussão é sobre Direito à Cidade e os participantes vão debater, nas políticas locais, sobre direito e responsabilidade dos cidadãos.
No segundo dia, o tema da Governança e Democracia em Cidades terá como especialistas na Mesa de Abertura Antanas Mockus, Bernardo Kliksberg, Cézar Augusto Busatto, Fernando Pimentel e Luc Doray. Eles vão apresentar e discutir experiências inovadoras de gestão e participação democrática.
O terceiro dia será dedicado ao desenvolvimento local em cidades, no qual se debaterá os processos de investimento em capital social para desenvolver atividades econômicas, ambientais, humanos, sociais e políticas. O último dia será sobre "Sustentabilidade e Cidade-Rede: a emergência das redes sociais e a cidade sustentável do futuro". As discussões sobre esses temas levarão os debatedores a tratar ainda de questões de gênero, pobreza, juventude, imigrantes, trabalhadores informais, meio ambiente e violência.
A expectativa dos organizadores é que mais de 5 mil pessoas participem das discussões, com isso será possível captar a diversidade de iniciativas e criar um ambiente de reflexão coletiva. "Como ponto alto da Conferência ocorrerá uma ampla discussão sobre os critérios para inventariar boas práticas de governança e indução do desenvolvimento local em cidades inclusivas", disseram os organizadores.
Ano Internacional do Saneamento
O ano de 2008 foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Saneamento. Durante a Conferência em Porto Alegre, especialistas irão debater esse tema na busca de soluções e alternativas que permitam acelerar o cumprimento do Objetivo do Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir pela metade, até 2015, o número de pessoas que não possuem saneamento básico. Segundo dados da própria ONU, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, entre elas 980 milhões de crianças, não têm acesso ao saneamento básico. No ritmo atual dos governos, em 2015 ainda serão 2,4 bilhões de pessoas necessitando de serviços de saneamento ambiental básico. As crianças são as principais afetadas com vidas perdidas, falta de educação escolar, enfermidades, desnutrição e pobreza.
Na América Latina e no Caribe, regiões nas quais mais de 10 milhões de pessoas carecem de saneamento básico, a falta desse serviço é a segunda causa de mortalidade infantil. A expectativa é que na América Latina, até 2015, 10 milhões de pessoas devem ter acesso a um saneamento básico melhorado.
Fonte: Adital
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