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Capital privado não substitui investimentos públicos em pesquisa, por Carlos Henrique de Brito Cruz

No Brasil, assim como nos países mais desenvolvidos, apenas uma pequena porcentagem do capital privado é direcionada a pesquisas em universidades

Carlos Henrique de Brito Cruz, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que por 15 anos esteve à frente da diretoria científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), fala sobre o papel dos investimentos públicos e privados em pesquisa no Brasil, onde o setor empresarial responde por 30% a 35% do gasto anual em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Ele ressalta que o papel do setor privado na realização de pesquisas em países mais desenvolvidos é maior do que o verificado no Brasil, onde as condições da economia não favorecem o investimento privado no setor. Segundo ele, fatores como a dificuldade de acesso a capital e de incentivo para que as empresas invistam em aprimoramento para competirem no mercado internacional estariam entre os impeditivos.

Contudo, seja nos Estados Unidos, na Coréia do Sul ou na Europa, ele observa que apenas uma pequena porcentagem do capital privado é direcionada a pesquisas em universidades e institutos públicos de pesquisa, e que, assim como em outros países, também no Brasil o investimento de empresas nas pesquisas não substitui o gasto público em P&D.

A entrevista foi feita durante o lançamento do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea, em novembro de 2019.

 

*Caso não consiga visualizar o vídeo, acesse o link: https://youtu.be/m5lqYTFdp-U