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Duas novas tecnologias brasileiras para detecção do coronavírus são patenteadas

Pesquisadores da UFSCar criaram testes que prometem eficácia e eficiência, enquanto, nos EUA, buscam-se tratamentos para efeitos de longo prazo da Covid-19

Flavio Lobo

A Agência Fapesp informa que duas tecnologias de testes para detecção do coronavírus causador da Covid-19, o SARS-CoV-2, ambas desenvolvidas por grupos de pesquisa da Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo, foram recentemente patenteadas. Ambas prometem combinar precisão, praticidade, resultados rápidos e baixo custo.

Um dos testes utiliza um sensor eletroquímico portátil, semelhante aos usados para medir níveis de glicose em diabéticos, de modo a quantificar proteína spike característica do coronavírus na saliva, permitindo transmissão do resultado para celular em poucos minutos. O outro teste recém patenteado detecta RNA viral na saliva com precisão similar à do conhecido RT-PCR, atual padrão-ouro para detecção do coronavírus, com as vantagens de ser mais rápido e barato.

Mediante a realização de parcerias com empresas capazes de produzir os equipamentos necessários em larga escala, testagens em massa da população brasileira podem ser facilitadas e barateadas, diz a reportagem da Fapesp.

Veja um breve vídeo de apresentação dessas duas tecnologias desenvolvidas na UFSCar clicando aqui.

Tratamentos para “Covid-longa”

De acordo com a Nature Biotechnology, periódico focado em biotecnologia da prestigiosa revista científica Nature, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, entre 10 e 30% infectadas pelo SARS-CoV-2 sofrem problemas de saúde de longo prazo, incluindo muitas pessoas que não apresentaram quadros graves de Covid-19.

As sequelas que compõem a chamada “Covid-longa” são muito variadas, podendo afetar diferentes órgãos e sistemas do organismo, com diversos níveis de gravidade. Entre os quadros frequentemente reportados, estão fadiga extrema, dores pelo corpo, perda de paladar ou olfato, e “névoa mental”: pensamento lento e perda de foco.

Diante desses novos problemas de saúde em larga escala, os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA anunciaram recentemente o investimento de 1,15 bilhão de dólares para identificar as causas da Covid-longa e desenvolver métodos e tecnologias de prevenção e tratamento. Pesquisas e ensaios clínicos com medicamentos já existentes que poderão ser “reposicionados” com novas orientações de utilização especificamente dirigidas para pacientes com sequelas da Covid-19 estão na linha de frente dessa iniciativa.

Acesse artigo da Nature Biotechnology sobre esse tema clicando aqui.