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A plataformatização da ciência: Rumo a uma taxonomia de plataformas digitais

Análise identifica a participação de distintos grupos de atores – vinculados ao Estado, ao mercado e ao meio científico – no processo de plataformização da ciência

Apesar da existência de estudos sobre o desenvolvimento histórico das plataformas digitais, nenhum deles ainda traçou uma interpretação coerente e abrangente sobre o surgimento das plataformas digitais científicas. A literatura anterior (i) concentra-se em práticas científicas específicas; (ii) não vai suficientemente longe no passado; (iii) não abrange todos os grupos relevantes de atores sociais; (iv) não propõe uma taxonomia para plataformas digitais científicas; e (v) não fornece uma definição para plataformas digitais científicas.

Neste artigo, Victo José da Silva Neto (Universidade Radboud) e Tulio Chiarini (CTS/IPEA) propõem uma visão de longo prazo (a partir de 1990) para identificar a participação de distintos grupos de atores sociais – nos subsistemas do Estado, do mercado e da ciência – no processo de plataformização da ciência. Dialogando com a literatura mais atualizada, os autores ampliam a compreensão do processo em curso de plataformização do ciclo de vida da pesquisa, propondo uma taxonomia e uma definição para plataformas digitais científicas.

As evidências fornecidas ao longo do artigo revelam que (i) as mudanças (causadas pela plataformização) em cada uma das fases do ciclo de pesquisa não são lineares e não estão acontecendo simultaneamente; (ii) atores de diferentes subsistemas desempenharam papéis importantes na plataformização da ciência; e (iii) categorias específicas de plataformas se consolidaram como infraestruturas e certas infraestruturas científicas foram “plataformizadas”, embora isso varie de acordo com a categoria.

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