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Problemas-chave e desafios de estratégias nacionais de inteligência artificial

Análise de abordagens adotadas por Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Coreia do Sul revela lacunas, inconsistências e necessidade de indicadores mais adequados

Diante da importância atribuída à inteligência artificial (IA) e devido ao seu caráter transversal e pervasivo, muitos governos têm elaborado estratégias nacionais de IA, em um movimento de competição tecnológica. Até o momento, 56 países, além da União Europeia (UE), possuem documentos mais ou menos sistematizados, os quais foram mapeados pelo Observatório de Políticas de IA da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Embora existam estudos que proponham análises dessas estratégias sob diferentes perspectivas e metodologias, há ainda espaço para debatê-las a partir de outros pontos de vista, sobretudo com base na consistência do diagnóstico dos problemas-chave identificados em cada um dos documentos.

Neste Texto para Discussão – de autoria de Tulio Chiarini (CTS/IPEA) e Sérgio Amadeu da Silveira (UFABC) – os países examinados são Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e Coreia do Sul, cujas estratégias não estão isentas de lacunas em relação à identificação dos problemas-chave. Na maioria das vezes, as estratégias apresentaram diagnósticos baseados em evidências insuficientes e pouco consistentes, usando com frequência indicadores inadequados e até mesmo insatisfatórios para subsidiá-los.

As análises qualitativas apresentadas trazem uma contribuição dupla para os debates sobre estratégias nacionais de IA. Em primeiro lugar, elas dão luz ao Estado como ator central em um campo dominado por arranjos de governança privada, revelando a possibilidade das interações híbridas em formação. Em segundo lugar, elas capturam a variedade de abordagens adotadas pelos governos para responder aos desafios da IA, embora as estratégias de Argentina, Brasil, Chile e Colômbia estejam atreladas ao movimento global puxado por outros países.

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