A herança do "corralito" |
2004. Ano 1 . Edição 2 - 1/9/2004 por Andréa Wolffenbüttel O mercado argentino continua amargando os frutos da crise que arrasou a economia em 2001. A população ainda não se recuperou do susto do "corralito", resiste a entregar suas economias aos cuidados da rede bancária, e os bancos estrangeiros fazem as malas. O italiano Sudameris vendeu 80% de suas ações no país para o banco local Patagonia. O mesmo Patagonia comprou a representação argentina do Lloyds, banco inglês que estava há 140 anos nos pampas. O MacroBanSud adquiriu 35% das ações do canadense ScotiaBank e está disposto a arrematar o Suquía, um dos três bancos controlados pelo francês Crédit Agricole, que entregou ao Banco de La Nación a incumbência de vender, ainda, o Bersa e o Bisel. O italiano Banca Nazionale del Lavoro, está em negociações avançadas com o Banco Hipotecário. Em 2001, 52% dos depósitos argentinos estavam em bancos internacionais. Hoje são 33%. O dado até poderia ser positivo, se indicasse um fortalecimento econômico interno. |