Jeitinho latino-americano de trabalhar |
2005. Ano 2 . Edição 8 - 1/3/2005
por Andréa Wolffenbüttel
A expansão das empresas transnacionais colocou os altos executivos diante do desafio de contratar e administrar mão-de-obra de países distantes e culturas diferentes. A experiência tem mostrado que os modelos aplicados com sucesso na matriz muitas vezes falham nas filiais. Um estudo elaborado por professoras do Lexington College, de Chicago, nos Estados Unidos, e da Escola de Pós-Graduação em Administração de Empresas de Monterrey, no México, apontou algumas características que distinguem os trabalhadores latino-americanos de seus colegas norte-americanos e europeus. Leia abaixo as principais constatações da pesquisa.
1. O paternalismo ainda vigora. A empresa é vista como uma família e o patrão tem obrigação pessoal de proteger seus subordinados e até mesmo velar pelas necessidades de suas famílias.
2. Os trabalhadores valorizam muito o contato pessoal e esperam receber um tratamento cordial e afetuoso no ambiente profissional.
3. As novas contratações são feitas, preferencialmente, entre amigos e parentes dos funcionários porque isso garante a lealdado do recém-chegado ao grupo e, por extensão, à organização.
4. A imagem de uma santa padroeira decorando o ambiente estimula muito mais os trabalhadores do que o quadro com a lista de princípios da empresa.
5. Os executivos têm dificuldade para mudar de cidade ou país porque, ao contrário dos norte-americanos, que se reúnem com a família uma ou duas vezes ao ano, os encontros familiares acontecem todos os domingos na maior parte dos países da América Latina.
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