2005. Ano 2 . Edição 13 - 1/8/2005
por Andréa Wolffenbüttel
As negociações da Rodada de Doha, mais importante processo em curso na Organização Mundial do Comércio (OMC), não avançaram durante o mês de julho. Mais uma vez, restou aos protagonistas envolvidos um sentimento de frustração. A rodada está prevista para ser concluída até o final deste ano, mas, até agora, ainda não há nenhuma conclusão sobre as tarifas de importação cobradas pelos países desenvolvidos na compra de produtos agrícolas, consideradas muito altas pelos países em desenvolvimento. A União Européia (UE) não apresentou, no último dia 21, uma contraproposta às sugestões do G-20 para o tratamento do assunto, que previa a divisão das tarifas agrícolas em cinco bandas de alíquotas de importação. A falta de iniciativa dos negociadores europeus mantém preservados os mecanismos de protecionismo agrícola, sobretudo dos produtores de carne e laticínios europeus. Devido ao impasse, Upachai Panitchpakdi, diretor da Organização Mundial do Comércio, decretou oficialmente a crise nas negociações da Rodada de Doha. Ele admite que existem outros pontos importantes em discussão na rodada que também precisam de consenso, como serviços, regras, investimentos e propriedade intelectual.
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