Combustíveis |
2005. Ano 2 . Edição 16 - 1/11/2005 Leilão ecológico O primeiro leilão de biodiesel, programado para novembro pelo governo federal, é o passo inicial para a introdução do combustível no mercado brasileiro. A intenção dos leilões é favorecer as parcerias das empresas com agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O uso do biodiesel já está autorizado, mas, como custa um pouco mais caro que o diesel comum, os compradores - no caso, distribuidoras e refinarias - ainda não o estão adquirindo. "Por isso, o governo está criando um mecanismo para que o biodiesel entre aos poucos no mercado e para chegar em 2008 com a quantidade necessária para cumprir a obrigatoriedade de alcançar os 2% que deverão ser adicionados ao diesel", explica o coordenador de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrícola, Arnoldo de Campos. Existe a possibilidade de outros leilões serem realizados ainda neste ano para ampliar a capacidade de compra do governo e incluir mais famílias. "Cada leilão vai gerar um contrato de um ano com compradores, como a Petrobras. Então, pelo menos durante um ano agrícola, essa indústria terá garantida a venda do biodiesel, dando segurança também ao produtor familiar", exemplifica Campos. O maior risco na introdução do biodiesel é que possa provocar aumento de preço para o consumidor final. Já as vantagens são ambientais: a redução de poluentes e de gases que provocam o efeito estufa, já que o biodiesel polui menos que o diesel. O impacto ambiental será maior ao longo dos anos, porque a lei prevê o aumento da presença de biodiesel. Em 2013, o teor misturado ao diesel deve chegar a 5%.
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