2014 . Ano 11 . Edição 82 - 31/12/2014

MEIO AMBIENTE _____________________________________________________________________ 
Bolsa Verde chega aos extremos do Brasil 

Mais de 44 mil famílias de 730 municípios foram beneficiadas com o Programa de Apoio à Conservação Ambiental – Bolsa Verde (BV). Criado em 2011, o programa distribui R$ 300 trimestrais para famílias com renda mensal per capita de até R$ 70 que moravam em áreas com vegetação nativa e documentação legalizada. Dos R$ 69 milhões distribuídos, R$ 43 milhões foram para o Pará, estado mais beneficiado pelo programa. O Amazonas recebeu 9,1% do investimento do Bolsa Verde, ou R$ 6,3 milhões, e a Bahia, R$ 4,8 milhões, ou 7%. Propostas para o aperfeiçoamento do programa estão no estudo Dois anos de Bolsa Verde: seria a meta alcançável?, do mestre em ecologia e pesquisador do Ipea João Paulo Viana. Segundo o estudo, 60,4% das metas do Bolsa Verde foram atingidas, mas seria importante descentralizar o controle do programa para as regiões beneficiadas a fim de estreitar a relação entre público- alvo e a coordenação operacional, o que agilizaria a sua execução.

FAVELAS __________________________________________________________________________ 

Governos ajudaram na expansão

Os governos, especialmente no Rio de Janeiro, estimularam a expansão das favelas. O estudo Os parques proletários e os subúrbios do Rio de Janeiro: aspectos da política governamental para as favelas entre as décadas de 1930 e 1960, da economista e pesquisadora do Ipea Rute Imanishi Rodrigues, mostra que os governos no Rio ajudaram no crescimento de boa parte das favelas cariocas, em especial os complexos da Penha, Manguinhos, Vigário Geral, Maré e Morro do Alemão. Se, por um lado, a desapropriação de terrenos privados e a cessão de terrenos estatais para abrigar a população sem teto serviram como política habitacional de emergência, por outro não produziram a integração da população à cidade, garantida pelos direitos fundiários e de moradia, conclui o texto.

EMPRESAS _________________________________________________________________________ 

Mais exportadoras e competitivas

Mais de 44 mil famílias de 730 municípios foram beneficiadas com o Programa de Apoio à Conservação Ambiental – Bolsa Verde (BV). Criado em 2011, o programa distribui R$ 300 trimestrais para famílias com renda mensal per capita de até R$ 70 que moravam em áreas com vegetação nativa e documentação legalizada. Dos R$ 69 milhões distribuídos, R$ 43 milhões foram para o Pará, estado mais beneficiado pelo programa. O Amazonas recebeu 9,1% do investimento do Bolsa Verde, ou R$ 6,3 milhões, e a Bahia, R$ 4,8 milhões, ou 7%. Propostas para o aperfeiçoamento do programa estão no estudo Dois anos de Bolsa Verde: seria a meta alcançável?, do mestre em ecologia e pesquisador do Ipea João Paulo Viana. Segundo o estudo, 60,4% das metas do Bolsa Verde foram atingidas, mas seria importante descentralizar o controle do programa para as regiões beneficiadas a fim de estreitar a relação entre público- alvo e a coordenação operacional, o que agilizaria a sua execução.

INTERNACIONAL _____________________________________________________________________ 

O Viva Rio no Haiti

Entender como o Brasil pode ajudar no desenvolvimento econômico e social de outros países é o objetivo do estudo A sociedade civil brasileira e a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento: o caso do Viva Rio no Haiti. Realizado pelo pesquisador do Ipea Guilherme de Oliveira Schmitz, o estudo conclui que o momento político e econômico que o Brasil vivia facilitou o sucesso da ONG Viva Rio, no Haiti. A economia crescia, o país atraía investimentos e vivia um momento de protagonismo no cenário mundial, tanto por meio da iniciativa privada como do governo.

ESTRATÉGIAS ______________________________________________________________________ 

Cadeias de valor e políticas públicas

As cadeias globais de valor mudaram a indústria. E as transformaram em redes de negócios fragmentadas, em vez de setores industriais completos: um determinado produto pode ser projetado em um país e suas peças fabricadas em outros. Essas peças, depois de acabadas, são exportadas para o mercado mundial, finalizando o ciclo da produção. Para analisar como as especificidades dessas cadeias atuam na formulação de políticas públicas em países em desenvolvimento, os pesquisadores do Ipea Pedro da Motta Veiga e Sandra Polónia Rios desenvolveram o estudo Cadeias globais de valor e implicações para a formulação de políticas, pois acredita-se que essa fragmentação da produção abre espaço para a participação dos países com pequenas economias nas etapas de produção, o que viabiliza uma oportunidade de industrialização e o crescimento. O estudo sugere que esses países adaptem as políticas domésticas para facilitar a integração de suas empresas às redes internacionais de produção.

JUVENTUDE _________________________________________________________________________ 
Qualidade do trabalho melhorou

O emprego é uma das principais preocupações dos jovens brasileiros, de acordo com a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), órgão vinculado à Presidência da República. Para entender esse novo cenário, o Ipea e a SNJ estudaram o comportamento da juventude no mercado de trabalho. Os resultados da pesquisa estão na segunda edição do boletim Juventude Informa, que identifica uma evolução na qualidade dos postos de trabalho, com a redução da informalidade, entre 1995 e 2013, período em que o trabalho sem carteira assinada caiu de 51% entre os jovens de 15 a 29 anos para 37%. A remuneração também teve alterações consideráveis: passou de R$ 764 para R$ 1.070 no mesmo período. Os jovens são maioria nas contratações – 93% dos empregados entre 1996 e 2010. 

RETRAÇÃO _________________________________________________________________________ 
Setor têxtil foi um dos que menos cresceu

Entre janeiro e setembro de 2014 a retração média da indústria foi de 2,78%, se comparada com o mesmo período de 2013. O resultado está no estudo Comportamento produtivo da indústria brasileira no terceiro trimestre de 2014, do pesquisador do Ipea Luiz Dias Bahia. Ele estudou a evolução da indústria brasileira nos setores metalomecânico, químico, agroindustrial, têxtil e da construção civil nos três primeiros trimestres de 2014. Desses setores, mostra o estudo, os que menos se desenvolveram foram os de metalomecânica, têxtil e o da construção civil.