Seção Giro Ipea Nº 87 |
2016 . Ano 13 . Edição 87 - 17/06/2016 EXPERIÊNCIAS
A Gestão do Conhecimento (GC) é um método gerencial que tem como objetivo criar, compartilhar e aplicar conhecimentos para melhorar o desempenho organizacional. No Brasil, muitas instituições, públicas e privadas, adotaram a GC em suas repartições, porém ainda precisam avançar nos processos. Fora do Brasil, esse tema já tem sido priorizado pelas instituições, pois acredita-se que a Gestão do Conhecimento pode ajudar a melhorar a qualidade dos seus serviços, sua eficiência e o seu desempenho organizacional. Dessa forma, o pesquisador do Ipea Fábio Ferreira Batista organizou o livro Experiências Internacionais de Implementação da Gestão do Conhecimento no Setor Público, com a apresentação das experiências de GC no Canadá, México, Chile, Portugal, Reino Unido, Alemanha, Áustria e Suíça. _____________________________________________________________________________________________
Qual o futuro do etanol no Brasil? A produção do etanol, em 40 anos, foi responsável pela geração de aproximadamente um milhão de empregos e corresponde a 16% da produção da energia gerada no País. Porém, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. A publicação Quarenta anos de etanol em larga escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas, organizada pelo técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Gesmar Rosa dos Santos, aponta que as variações do clima, o endividamento das indústrias acima da sua receita anual, os atrasos na adoção de tecnologias e o crédito barato são alguns dos principais desafios do setor. _____________________________________________________________________________________________
Estados são maiores responsáveis pelo licenciamento ambiental O processo de urbanização das cidades abre as discussões sobre o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e os impactos ambientais, principal objetivo do licenciamento ambiental. A maior parte desse licenciamento, 90%, é feita pelos estados brasileiros. O dado foi apresentado pelo diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Thomaz Toledo, durante o seminário internacional Licenciamento Ambiental e Governança Territorial, promovido pelo Ipea. A questão federativa e a repartição das competências também foram abordadas. Dentro dessa lógica, uma dificuldade brasileira é a falta de organização dos municípios a fim de implementar políticas conjuntas. _____________________________________________________________________________________________
Estudo do Ipea mostra que 25,4 bilhões de reais deixaram de ser arrecadados em renúncias fiscais do total dos gastos federais em saúde em 2013. “O valor corresponde a 30,5% dos gastos na área, um montante expressivo o bastante para que se discuta quais são as prioridades na alocação dessa desoneração fiscal”, disse o técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto Carlos Ocké. Ele foi um dos autores da Nota Técnica Radiografia do Gasto Tributário em Saúde 2003-2013, lançada no final de maio, em Brasília. “Há subsídio tanto à demanda - famílias, empregadores, pessoa física e jurídica, quanto à oferta – medicamentos e hospitais filantrópicos. E, ao se verificar a composição destes gastos, houve um montante expressivo que deixou de ser arrecadado em relação aos hospitais filantrópicos e em relação aos planos privados de saúde”, explicou Ocké.
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Catadores de materiais recicláveis ganharam visibilidade
A discussão de políticas públicas destinadas à reciclagem no Brasil sob a ótica dos catadores foi tema de estudo no Ipea. A publicação Catadores de materiais recicláveis: um encontro nacional apresenta artigos que destacam a identidade do catador, a atividade de reciclagem como trabalho digno, questões de gênero, além de tocar em pontos como a organização, a instituição e o fortalecimento das cooperativas como forma de inclusão produtiva. O presidente do Ipea, Jessé Souza, afirmou que o debate e as iniciativas sobre o trabalho dos catadores de materiais recicláveis têm dado dignidade para as pessoas. “Os invisíveis se tornaram visíveis muito recentemente”, destacou. _____________________________________________________________________________________________
Bibliotecas do futuro As tecnologias estão cada vez mais espalhadas nos diversos setores. As bibliotecas não ficaram fora das inovações e cada dia mais estão evoluindo em aspectos de tecnologia e conectividade com os usuários. O acervo digital e a navegabilidade dos usuários pelas plataformas das bibliotecas foram temas do seminário internacional Bibliotecas do século XXI: desafios e perspectivas. Os especialistas destacaram que serviços móveis como disponibilidade de ebooks, acesso a catálogos digitalmente, audiolivros e serviço de referência virtual devem ser incentivados cada vez mais. Outra questão é que os avanços tecnológicos devem ser acompanhados pelas bibliotecas para que, ao chegar às bibliotecas físicas, o usuário tenha a mesma experiência que teve com a plataforma virtual. _____________________________________________________________________________________________
No Brasil, negros e mulheres morrem mais
Os negros e as mulheres são os grupos mais vulneráveis a sofrerem homicídio no Brasil. Ao chegar aos 21 anos de idade, as chances de um negro ser assassinado é de 147% em relação a uma pessoa branca, oriental ou indígena (não negro). Entre 2004 e 2014, a taxa de homicídio de pessoas negras aumentou 18,2%, enquanto a de não-negros caiu 14,6%. Na população geral foram 59.627 mortes, o que coloca o Brasil como o País que mais mata no mundo. Os dados foram apresentados no estudo Atlas da Violência, de autoria do técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Daniel Cerqueira. A pesquisa mostra ainda a disparidade nos estados. Enquanto no Rio Grande do Norte a taxa de homicídios aumentou em 308,1%, em São Paulo ela diminuiu 52,4%. |