Especialista chinês falou sobre previdência social no Ipea
Publicado em 08/12/2009 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h53
Publicado em 08/12/2009 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h53
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou nesta quarta-feira, 9, o seminário China: Ascensão e Desafios do Desenvolvimento Social. O evento foi organizado por ocasião do 60º aniversário da República Popular da China e teve como palestrante o diretor do Instituto da América Latina da Academia Chinesa da Ciência Social, Zheng Bignwem, especialista nos assuntos da previdência social em seu país.
Bignwem falou sobre os sistemas adotados na América Latina e sobre as principais características dos modelos chinês e brasileiro. “Os sistemas de previdência do Brasil e da China são diferentes. Na China, temos um sistema híbrido que combina fundo social com contribuições individuais, uma invenção específica da China. O modelo brasileiro também é uma das melhores invenções do mundo, uma construção com base em muitos pilares”, disse. Para ele, os dois modelos são, ao mesmo tempo, muito diferentes e muito parecidos.
Segundo o especialista, o custo da transição entre modelos é um dos principais problemas da previdência chinesa. “O governo central atualmente não paga esses custos por causa da introdução das contas individuais. A maioria das contas individuais está vazia, não existe dinheiro nelas”. A rentabilidade baixa também é uma dificuldade. “Os recursos do sistema de previdência são depositados apenas em bancos, com rendimentos na casa dos 2%.”
Sobre o modelo ideal de previdência social, Bignwen diz que não é possível apontar um exemplo no mundo. “É difícil descrever um modelo desse jeito. O que podemos dizer é que diferentes modelos correspondem a diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social”, afirmou.