Padrões Tecnológicos e Aprendizado de Exportação no Brasil, 2005-2008: um sumário dos principais resultados
Publicado em 12/08/2014 - Última modificação em 12/12/2023 às 09h46
Radar nº 34
Um dos fatos estilizados recorrentes nas análises de comércio internacional, a partir de microdados de empresas, é que as firmas exportadoras são maiores, mais produtivas, vendem mais no mercado interno, enfim, apresentam indicadores de competitividade mais favoráveis que as firmas não exportadoras (Tybout, 2003). Ainda, estes diferenciais parecem ser maiores em países em desenvolvimento.
A literatura indica duas razões para isso (Wagner, 2007). A primeira é que apenas as firmas de melhor desempenho começam a atividade exportadora – e, principalmente, nela persistem – , pois exportar exige custos de entrada na forma de custos de transporte, distribuição, pessoal especializado para lidar com as redes de distribuição internacional ou até mesmo despesas de adaptação de produtos existentes a padrões internacionais. Neste sentido, a firma ganha competitividade antes de começar a exportar, o que implica autosseleção das melhores firmas para exportação.
Autores: Bruno César Araújo e Mario Sergio Salerno