AS MUDANÇAS NO PADRÃO DE GESTÃO DO BANCO DO BRASIL:
UMA ANÁLISE CRÍTICA DE SEUS FUNDAMENTOS
Palavras-chave:
Banco do Brasil, Banco Público, Setor Público, Público-PrivadoResumo
Este artigo analisa, especificamente no caso do Banco do Brasil (BB), os fundamentos da adoção, em 2001, do Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais (PFIFF). À época, o programa poderia ser interpretado como uma tentativa de inserir os bancos públicos federais na mesma lógica de acumulação do setor privado. Para tanto é feito um relato histórico do BB (fundamental para a compreensão da análise proposta). Em seguida faz-se uma descrição das medidas do programa, do contexto político e econômico e uma análise dos fundamentos teóricos que podem estar relacionados com a mudança. Conclui-se que o programa de reestruturação buscava de fato uma aproximação do BB,
assim como os demais bancos incluídos no programa, às mesmas práticas privadas. No entanto, essa não foi a motivação por si mesma do PFIFF e sim uma consequência dele. A busca pela rentabilidade (própria do setor privado) revelou-se como um instrumento, entre outros utilizados, para se elevar o repasse de dividendos das empresas estatais para o Tesouro. Adicionalmente, criou-se uma conjuntura propícia para o governo realizar a adequação dos bancos públicos às regras prudenciais e de gestão de risco. Embora o discurso do governo se valesse de fatores econômicos para justificar a adoção do programa,
alguns deles coerentes com a retórica oficial, as evidências sugerem uma forte influência conjuntural para a implementação do PFIFF.
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