O ESTADO BRASILEIRO E OS INTERESSES DE CLASSE NA REFORMULAÇÃO DO MERCOSUL (2003-2010)
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm26art7Palavras-chave:
Estado, Brasil, marxismo, mercosul, integração regionalResumo
Quais os interesses de grupos do Capital e do Trabalho nas disputas pela formulação da política estatal brasileira para o Mercosul durante o governo Lula (2003-2010)? A partir das leituras do Estado capitalista empreendidas por Nicos Poulantzas e utilizando um referencial de análise de formulação de política estatal estruturado em inputs, política e outputs, este trabalho investiga as demandas da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Partido dos Trabalhadores (PT), partido governista no período sob estudo, em relação a política brasileira para o Mercosul. Após avaliar algumas das principais políticas mercosulinas deste período, o argumento do artigo vai de encontro ao entendimento corrente de que o paradigma pós-hegemônico da integração regional possibilitou ao Mercosul perseguir fins autonomistas. Pela ótica das disputas entre frações de classe brasileiras, os ganhos econômicos do setor industrial são mais tangíveis do que o aprofundamento, de fato, da integração regional mercosulina em bases autonomistas.
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