SHORTAGEFLATION 3.0
ECONOMIA DE GUERRA, SOCIALISMO DE ESTADO E CRISE PANDÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm26art5Palavras-chave:
inflação aberta, inflação suprimida, shortageflation, oferta de dinheiro, poupança obrigatória, pandemiaResumo
A crise causada pela pandemia do coronavírus levou governos e bancos centrais a tomarem medidas pouco ortodoxas para proteger o padrão de vida das pessoas e sustentar as atividades de produção e serviços das empresas. A política de aumento agressivo da oferta de dinheiro acarretou um aumento significativo do déficit orçamentário e da dívida pública, sendo necessário considerar a extensão do seu impacto sobre a escalada dos processos de inflação e formular sugestões relativas à política econômica. A inflação já é maior que a apontada pelos indicadores oficiais, pois é parcialmente suprimida. Isto é, o aumento do nível geral de preços não reflete totalmente a taxa real de inflação. Estamos lidando, assim, com a shortageflation — a ocorrência simultânea de inflação de preços e inflação reprimida acompanhada de escassez. É metodologicamente interessante comparar este fenômeno atual, 3.0, com a supressão da inflação na economia de guerra, 1.0, e nas economias do socialismo de Estado, 2.0. Tais comparações destacam não apenas as semelhanças destes processos, mas também as diferenças resultantes da especificidade das respostas das famílias e das empresas. Este artigo discute cinco canais de descarga de economias excessivas, indicando os mais benéficos do ponto de vista do desenvolvimento econômico sustentável no futuro pós-pandêmico. É particularmente importante acelerar a conversão da poupança compulsória em poupança voluntária e, ao mesmo tempo, estimular a transformação das reservas monetárias inflacionárias em demanda efetiva, expandindo o uso das capacidades de produção existentes e os investimentos e criando novas capacidades.
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