INFÂNCIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

REFLEXÕES SOBRE EXPERIÊNCIA DE SUBALTERNIDADE E AGÊNCIA INVISÍVEL DE CRIANÇAS NA DISCIPLINA

Autores

  • Luara Dias dos Santos Universidade Federal de Uberlândia
  • Joana D'arc Moreira Universidade Federal de Uberlândia
  • Marrielle Maia Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.38116/rtm35art4

Palavras-chave:

crianças, subalternidade, relações internacionais, direitos da criança, agência política

Resumo

Este artigo analisa o papel das crianças como sujeitos subalternos nas relações internacionais, abordando como a voz e participação delas são frequentemente negligenciadas nos processos decisórios globais. Apesar de serem impactadas diretamente por guerras, crises migratórias e mudanças climáticas, as crianças têm suas experiências e opiniões mediadas ou silenciadas por estruturas de poder adultocêntricas. A partir de uma perspectiva pós-colonial, discute-se como a teoria da subalternidade pode ser aplicada para entender a marginalização das crianças e exploram-se exemplos concretos em que sua agência política foi ignorada ou subvalorizada. Conclui-se com a necessidade de reestruturar as instâncias internacionais para que as crianças sejam reconhecidas como atores legítimos, com direito à voz e à participação ativa. Para isso, o artigo examina inicialmente o lugar que as crianças ocupam nos debates da disciplina de relações internacionais, questionando como e por que a disciplina negligenciou as crianças e a infância. Posteriormente, discute-se a questão da agência nas relações internacionais e como isso se correlaciona com as crianças e a infância. Em seguida, foi utilizado o conceito de subalternidade de Spivak para identificar o lugar das crianças na disciplina

Biografia do Autor

Luara Dias dos Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Uberlândia, onde também é mestranda em Relações Internacionais sob a linha de pesquisa Instituições Internacionais e Política Externa e bolsista da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Pesquisadora no Núcleo de Pesquisas e Estudos em Direitos Humanos da UFU e atua em pesquisas em direito internacional, direitos humanos, migrações e refúgio, com particular interesse nas temáticas envolvendo migrações infantis, agência e integração de menores de idade em deslocamento É Secretária administrativa da Cátedra Sérgio Vieira de Mello - UFU (CSVM-UFU).

Joana D'arc Moreira, Universidade Federal de Uberlândia

Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Uberlândia, onde também é mestranda em Relações Internacionais sob a linha de pesquisa Instituições Internacionais e Política Externa e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Pesquisadora no Núcleo de Pesquisas e Estudos em Direitos Humanos da UFU e atua em pesquisas em direito internacional, direitos humanos, migrações e refúgio, com particular interesse na sua intersecção com as questões de gênero, raça, classe, colonialidade e subjetividade. É Secretária administrativa da Cátedra Sérgio Vieira de Mello - UFU (CSVM-UFU).

Marrielle Maia , Universidade Federal de Uberlândia

Possui graduação em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (1997), especialista em Direitos Humanos pela Universidade de Essex, UnB e ESMPDFT, mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2000) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Atualmente é professora nos cursos de graduação e de pós graduação em Relações Internacionais no Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (IERIUFU), coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Mello da UFU, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos do IERIUFU

Publicado

2025-02-21

Como Citar

Dias dos Santos, L., Moreira, J. D., & Maia , M. (2025). INFÂNCIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS: REFLEXÕES SOBRE EXPERIÊNCIA DE SUBALTERNIDADE E AGÊNCIA INVISÍVEL DE CRIANÇAS NA DISCIPLINA. Revista Tempo Do Mundo, (35), 97-118. https://doi.org/10.38116/rtm35art4