ÓLEO DA ENGRENAGEM OU FERRUGEM DA MÁQUINA:

O PAPEL DA CORRUPÇÃO NO EMPREENDEDORISMO BRASILEIRO

Autores

  • Gabrielito Rauter Menezes Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Rodrigo Nobre Fernandez Universidade Federal de Pelotas - UFPel
  • André Carraro Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Palavras-chave:

Empreendedorismo, Corrupção, Dados de Painel Dinâmico

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma evidência empírica para a relação existente entre empreendedorismo e corrupção nos estados brasileiros, utilizando uma abordagem teórica e empírica. Parte da literatura enfatiza a importância do empreendedorismo para o crescimento econômico de longo prazo, enquanto outros autores destacam o papel da corrupção
como redutora do crescimento econômico. No entanto, poucos são os trabalhos que buscam avaliar o efeito da corrupção como redutora do crescimento econômico, via diminuição do incentivo ao empreendedorismo. Este artigo utiliza um indicador objetivo de corrupção governamental estadual baseado no Cadastro de Contas Irregulares do Tribunal de Contas da União (Cadirreg) como proxy para a corrupção regional, e a abertura de novas empresas per capita como medida para a atividade empreendedora regional. Foram utilizados o método de dados de painel estático, dinâmico, e o método GMM-SYS para corrigir o problema de endogeneidade. Os resultados encontrados mostraram-se coerentes com a hipótese teórica grease in the wheels, na qual a corrupção influencia positivamente a atividade empreendedora em países em desenvolvimento com elevada burocracia.

Biografia do Autor

Gabrielito Rauter Menezes, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Doutor em Economia Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - PPGE/UFRGS (2015). Mestre em Economia Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados da Universidade Federal de Pelotas - PPGOM/UFPEL (2011). Graduação em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (2006). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Teoria Econômica, Economia Regional, Economia do Empreendedorismo e Métodos Quantitativos.

Rodrigo Nobre Fernandez, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Doutor em Economia Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - PPGE/UFRGS (2014). Mestre em Economia Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados da Universidade Federal de Pelotas - PPGOM/UFPEL (2011). Graduado em ciências econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (2008). Técnico em Sistemas para Internet e Intranets pelo Colégio Técnico Industrial Professor Mário Alquati - CTI/FURG (2004). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Teoria Econômica e Métodos Quantitativos aplicados à Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: Parcerias Público-Privadas, Contratos, Regulação, Infraestrutura e Econometria Aplicada.

André Carraro, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994), mestrado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). É professor associado da Universidade Federal de Pelotas, atuando no Programa de Mestrado em Organizações e Mercados (PPGOM). Atualmente é coordenador do Programa. Tem experiência na área de Economia Política Positiva, com interesse nos seguintes temas: teoria dos jogos, economia política positiva, economia da corrupção e, empreendedorismo. Possui também atuação na área de microeconomia social com pesquisa em avaliação de políticas sociais.

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Publicado

2021-12-02

Como Citar

Menezes, G. R., Fernandez, R. N., & Carraro, A. (2021). ÓLEO DA ENGRENAGEM OU FERRUGEM DA MÁQUINA:: O PAPEL DA CORRUPÇÃO NO EMPREENDEDORISMO BRASILEIRO. Planejamento E Políticas Públicas, (50). Recuperado de //ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/view/733

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