Embaixador brasileiro registra em livro a contribuição dos estudos do Ipea sobre a desigualdade racial no país
Silvio Albuquerque, embaixador do Brasil no Quênia, mostra influência da pesquisa na atuação diplomática brasileira durante conferência mundial contra o racismo
Publicado em 24/11/2023 - Última modificação em 24/11/2023 às 18h02

O embaixador do Brasil no Quênia, Silvio Albuquerque, lançou a terceira edição do livro "As Nações Unidas e a luta internacional contra o racismo". A obra aborda a atuação da diplomacia brasileira contra a discriminação racial. A publicação traz dados e pesquisas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feitos entre 2000 e 2001, sobre a desigualdade racial no país. Albuquerque menciona no livro que uma das mais importantes contribuições para os trabalhos do Comitê Nacional Preparatório originou-se de estudos e indicadores produzidos pelo Ipea a respeito do quadro real de desigualdade racial vigente no Brasil, que vitimava os afrodescendentes. A publicação, lançada em sua primeira edição em 2007, pela Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), entidade vinculada ao Ministério da Relações Exteriores, está disponível para gratuitamente para a leitura (em formato pdf).
O livro analisa os resultados da Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Correlata, realizada em 2001 em Durban, na África do Sul. Segundo o embaixador, a produção de dados e análises desagregados por raça oferece precisão estatística e credibilidade ao diagnóstico produzido pelo Comitê sobre a desigualdade racial no país, fornecendo base às propostas levadas pela delegação brasileira às negociações dos documentos preliminares e finais da Conferência.
A presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, destaca a importância do livro e da atuação do embaixador Silvio Albuquerque. “A publicação revela um profundo conhecimento do tema e, mais que isso, um compromisso importante de um servidor público de carreira com a luta antirracista. Esse é um grande desafio que torna obrigatória a leitura do livro por quem queira abordar a questão e entender a importância de uma burocracia estável, dos Estados nacionais, das políticas públicas e das organizações multilaterais para rompemos barreiras que às vezes parecem intransponíveis, e não são”, ressaltou.
Os estudos mais citados pelo embaixador são de autoria de Sergei Soares, “Perfil da Discriminação no Mercado de Trabalho: homens negros, mulheres brancas e mulheres negras”, e de Ricardo Henriques (então colaborador no Instituto), que faz referência à “Desigualdade Racial no Brasil: Evolução das Condições de Vida na Década de 90”.
Acesse aqui a íntegra do livro do embaixador Silvio Albuquerque
Assista ao depoimento do embaixador no Youtube.
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