Economia. Desenvolvimento Econômico
Contas do governo central têm estimativa de déficit primário de R$ 31,5 bilhões em fevereiro
Receita líquida atingiu R$ 142,7 bilhões, enquanto a despesa totalizou R$ 174,2 bilhões
Publicado em 14/03/2025 - Última modificação em 14/03/2025 às 11h50

Foto: Helio Montferre/Ipea
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (14), a estimativa preliminar do resultado primário das contas do governo federal em fevereiro de 2025. O estudo aponta um déficit primário de R$ 31,5 bilhões no período. Já no acumulado do ano, houve superávit de R$ 54,5 bilhões, a preços constantes de fevereiro, ante o superávit de R$ 23 bilhões no mesmo período de 2024.
A receita líquida atingiu R$ 142,7 bilhões no mês, apresentando um crescimento de 2,3% em termos reais, em comparação ao apurado em fevereiro de 2024. Em paralelo, a despesa totalizou R$ 174,2 bilhões, um decréscimo real de -13,2% na mesma base de comparação. O levantamento é feito a partir dos dados da execução orçamentária registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal.
A receita total registrou um crescimento real de 2,3%, em comparação com o montante arrecadado no mesmo mês de 2024. Esse aumento observado se deu em função da arrecadação de receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), que tiveram um crescimento real de R$ 2 bilhões (1,6%). As receitas não administradas pela RFB tiveram uma redução real de arrecadação de R$ 1,2 bilhão (-5,2%) e as receitas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) apresentaram um crescimento de R$ 3,7 bilhões (7,4%).
Assim, a receita líquida, após as transferências legais e constitucionais, teve um crescimento de R$ 3,2 bilhões a preços constantes. No acumulado do ano, a receita líquida de transferências registrou uma variação real positiva de 3,2%, somando um crescimento de R$ 12,5 bilhões a preços constantes, com destaque para a arrecadação das receitas administradas pela RFB – que marcaram no período um acréscimo de 4,1%, aumento real de R$ 13,7 bilhões.
Quanto à despesa total, houve uma queda em fevereiro, em termos reais, de R$ 26,5 bilhões (-13,2%) em relação ao mesmo mês de 2024, decorrente principalmente do menor volume de pagamento de despesas com sentenças e precatórios – R$ 31,0 bilhões pagos em 2024 contra R$ 0,3 bilhão pagos em 2025. No acumulado do ano até fevereiro, a despesa teve um decrescimento real de R$ 19,1 bilhões (-5,2%), em comparação ao mesmo período do ano passado, muito influenciada pelo volume significativamente menor de despesas com sentenças e precatórios.
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