Sétima edição do boletim Radar é apresentada em Brasília

Sétima edição do boletim Radar é apresentada em Brasília

Publicação abordou temas como políticas anticíclicas, produção de arroz no Brasil e matrizes energéticas

Foi apresentada nesta quarta-feira, dia 28, a sétima edição do boletim Radar - Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, produzido pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea. O documento traz três ensaios intitulados: Etanol e veículos elétricos: via de mão única ou dupla?; Indústria automobilística e políticas anticíclicas: lições da crise e Agricultura e políticas públicas: uma interpretação das diferenças regionais no cultivo do arroz.

O técnico de Planejamento e Pesquisa Luiz Ricardo Cavalcante abordou o tema das políticas anticíclicas, demonstrando a evolução nas vendas de automóveis nas últimas décadas, com destaque para a queda revelada no início da crise mundial e a recuperação do setor a partir da redução do IPI pelo governo federal. Cavalcante demonstrou que 20,7% das vendas ocorridas entre janeiro e novembro de 2009 foram consequência da redução do imposto sobre produtos industrializados.

“O IPI teve um impacto bastante significativo no mercado, mas nós sabemos que isso gerou também uma renúncia fiscal pelo governo”, disse Cavalcante. Para ele, é fundamental que “o governo calcule os prós e contras de ações como essas para uso no futuro”.   

Já o técnico Gesmar Rosa dos Santos tratou do segundo artigo, colocando a heterogeneidade da produção de arroz no País como um fator de diferenciação nas políticas públicas. Para ele, o Brasil tem condições de deixar de importar arroz. Santos defende o incentivo do Estado como forma de estimular a produção e o armazenamento do produto. “Ainda não é possível armazenar... ter uma produção excedente, no caso do arroz no Brasil. Uma fragilidade no que tange à segurança alimentar”, disse.  

O terceiro artigo ficou a cargo do técnico Fabiano Mezadre Pompermayer, que discorreu sobre a evolução da matriz energética do Brasil e a substituição dos combustíveis fósseis pelo etanol e eletricidade. Ele enfatizou que o setor de transportes é o que mais demanda um aumento na produção energética no mundo. Para ele, este é o setor que deve passar por fortes mudanças nas próximas décadas. “Existe uma grande pressão hoje no mundo em relação aos transportes, pois este setor apresenta baixo uso de energias não-fósseis”, destacou. 

O representante da Empresa de Pesquisa Energética do governo federal, Frederico Ventorim, prosseguiu com o tema, acrescentando as vantagens técnicas do carro elétrico e os gargalos da implantação dessa energia nos automóveis. Ventorim ressaltou que os combustíveis líquidos ainda serão a matriz energética predominante no processo de transição para os carros elétricos. “O combustível líquido ainda será muito importante nos próximos 30, 40 ou 50 anos”, disse Ventorim.

A divulgação boletim Radar - Tecnologia, Produção e Comercio Exterior aconteceu na sede do Ipea, em Brasília, e contou com a presença do diretor da Diset, Marcio Wohlers.

Acesse a íntegra do Boletim Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior

Veja apresentação Etanol x Carros eletricos

Veja apresentacao Agricultura do arroz

Veja apresentação Políticas anticíclicas