Ipea discute relatório dos ODM

Ipea discute relatório dos ODM

Governo mapeia ações que fizeram o País atingir parte dos objetivos antes dos prazos

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta nesta quinta-feira, dia 8, às 15h, em Brasília, uma discussão sobre o dados do quarto relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). A elaboração do documento contou com a participação de 20 ministérios sob a coordenação do Ipea e da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, além de contar com supervisão da Casa Civil.

O documento, com texto de apresentação assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi lançado em abril durante a entrega do Prêmio ODM de mobilização social e boas práticas de execução das metas. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram estabelecidos em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU), quando o  Brasil integrou um grupo de 189 países signatários do compromisso de lutar contra a pobreza e a fome, a degradação ambiental, a desigualdade de gênero e o vírus da Aids.

Os países assumiram ainda a meta de melhorar o acesso a educação, saúde e água potável. O relatório traz avaliação de 18 metas, monitoradas por 48 indicadores propostos pela ONU e 60 assumidos voluntariamente pelo Brasil, além do mapeamento das ações de governo que têm impacto sobre os ODM.

Segundo o relatório, a desigualdade entre pobres e ricos vem caindo significativamente no País. Os indicadores mostram que a maior parte da redução da pobreza extrema foi fruto de aumento real da renda, e que ainda existe bastante espaço para combatê-la via redução da desigualdade. "Se o ritmo de redução se mantiver nos próximos anos, a pobreza extrema será erradicada do Brasil por volta de 2013-2014", afirma o documento.

Políticas públicas
O Brasil já alcançou, entre outras metas, a de reduzir à metade a proporção da população sem acesso a água potável em áreas urbanas, com 91,6% da população servida de rede geral em 2008, um aumento de quase 10 pontos percentuais em relação a 1992. Nas áreas rurais, os níveis de cobertura são muito menores, persistindo elevadas desigualdades regionais e socioeconômicas no acesso a esses serviços.

O relatório traz também um CD-ROM com as iniciativas do governo federal que objetivaram ou auxiliaram a obtenção das metas, em áreas como: acesso a alimentação; desenvolvimento agrário; geração de trabalho e renda; criança, adolescente e jovem; idosos e pessoas com deficiência; cidadania e inclusão social; os recursos petrolíferos do pré-sal na redução das desigualdades sociais do país; plano de desenvolvimento da educação; orçamento e financiamento da educação; avaliação e responsabilização; apoio ao aluno e à escola; alfabetização de jovens e adultos; formação de professores e valorização dos profissionais da educação básica; recursos ambientais; água potável e esgotamento sanitário; assentamentos precários, entre outras.

O debate terá cobertura on-line pelos sites www.ipea.gov.br e www.ipea.gov.br. Jornalistas de todo o Brasil podem participar enviando perguntas para o e-mail coletiva@ipea.gov.br. Para isso, devem se cadastrar antecipadamente pelo mesmo endereço, enviando nome, veículo de comunicação e telefone. As respostas serão dadas durante a coletiva de forma oral.

Os dados serão apresentados pelo diretor Jorge Abrahão, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, e pela representante das Organização das Nações Unidas (ONU) Marie-Pierre Poirier, no auditório do Instituto (SBS, Quadra 1, Bloco J, Ed. BNDES, subsolo).

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