Mercado de trabalho brasileiro terá cenário positivo neste ano
Publicado em 08/03/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h44
Mercado de trabalho brasileiro terá cenário positivo neste ano
Boletim Mercado de Trabalho nº 42 traz também notas técnicas sobre a inserção da mulher no mercado e economia solidária
As medidas tomadas em 2009 com o objetivo de reaquecer o mercado interno, tais como expansão da oferta interna de crédito, manutenção dos investimentos em infraestrutura e estímulo ao consumo via redução de impostos, permitem hoje que o Brasil projete um cenário positivo para o mercado de trabalho de 2010.
É o que mostram os dados do Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise número 42. Coordenado pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, o documento apresenta um panorama do funcionamento do mercado de trabalho metropolitano em 2009, comentando a evolução dos principais indicadores divulgados pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME/IBGE), pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados doMinistério do Trabalho e Emprego (CAGED/MTE), e pela Pesquisa de Emprego e Desempregodo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (PED/Dieese).
O boletim traz também três notas técnicas que analisam questões relacionadas à inserção da mulher no mercado de trabalho. As duas primeiras notas tratam do acesso deste segmento aos melhores postos de trabalho, com a preocupação de identificar uma eventual segregação hierárquica de gênero. Danilo Coelho, Marcelo Fernandes e Miguel Foguel discutem esta questão no âmbito das empresas privadas, enquanto Daniela Vaz traz evidências sobre o mesmo tema no setor público.
A última nota, assinada por Arlene Ricoldi, examina a noção de articulação entre família e trabalho, à luz das transformações sociais experimentadas nas últimas décadas e das políticas de apoio para esta mesma articulação, oferecidas tanto por parte do setor público como do setor privado.
Este número reúne ainda três ensaios sobre economia solidária, que têm como fio condutor as relações entre as práticas econômicas solidárias e as questões ambientais. O primeiro texto, de autoria de Jane Simoni, mostra algumas das realidades do processo de revitalização da produção extrativista ora em curso na região Norte. Na sequência, o ensaio de Cláudia Schmitt versa sobre as convergências e desafios existentes na relação entre as propostas da economia solidária e da agroecologia, enquanto Leandro Morais busca pensar como se dão as relações entre as iniciativas econômicas solidárias e o meio ambiente na perspectiva dos empreendimentos urbanos.