Ipea presta homenagem a Celso Furtado

Ipea homenageia Celso Furtado

Livro traz ensaios sobre os 50 anos de lançamento da obra clássica do economista, Formação Econômica do Brasil

Foto: João Viana
Samuel Pinheiro Guimarães, ministro-chefe da SAE, falou sobre
o papel de Furtado no desenvolvimento econômico do Brasil

“Celso Furtado mapeou o País, mas o [nosso] dever de casa continua incompleto.” A ressalva, feita pelo professor Marco Formiga, do CNI/Senai-DN e UnB, durante a mesa-redonda que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promoveu em Brasília, no último dia 27 de novembro, foi endossada pelo ministro Samuel Pinheiro Guimarães, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

“Ele teve um papel de relevância extraordinária na história do desenvolvimento econômico do Brasil”, afirmou o ministro. Além de Pinheiro Guimarães e Formiga, compunham a mesa o diretor João Sicsú, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, e Ricardo Bielschowsky, integrante da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal).

A mesa-redonda discutiu o lançamento dos livros Cinquenta Anos de Formação Econômica do Brasil - Ensaios sobre a Obra Clássica de Celso Furtado e Diálogos para o Desenvolvimento – Volume 1, ambos do Ipea.

Na primeira parte do evento, em que também foi lançada a edição comemorativa de 50 anos da obra Formação Econômica do Brasil, publicada pela Companhia das Letras, o público do auditório, formado por professores, gestores governamentais e universitários, assistiu ao filme O Longo Amanhecer, uma cinebiografia de Celso Furtado produzida por José Mariani. Além de entrevistas com Furtado, o documentário traz depoimentos de pensadores e intelectuais que fazem uma análise das ideias do economista e de sua participação em diversos projetos desenvolvidos no Brasil a partir dos anos 1940.

A diretora do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Rosa Freire D’Aguiar Furtado, viúva do economista, ao agradecer o empenho dos organizadores do livro do Ipea, Tarcisio Patrício de Araújo, Salvador Teixeira Werneck Vianna e Júnior Macambira, manifestou a ideia de que o Instituto possa comemorar o centenário dessa obra de Furtado com um Brasil em condições bem melhores, inspiradas nas propostas de desenvolvimento.