Avanço na qualidade do desenvolvimento comprova a reação à crise

Avanço na qualidade do desenvolvimento comprova a reação à crise

Índice calculado pelo Ipea permanece na zona de instabilidade, mas subiu mais de cinco pontos entre abril e maio

O Índice de Qualidade do Desenvolvimento (IQD) referente a maio teve evolução positiva, o que comprova a trajetória de melhoria observada desde março. Embora ainda permaneça na zona de instabilidade, o índice calculado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) subiu mais de cinco pontos entre abril e maio, chegando a 232,52. Para o país atingir uma qualidade de desenvolvimento considerada "boa", é preciso passar dos 300 pontos.

Dentre os três subíndices que compõem o IQD, o que mais colaborou para o desempenho observado em maio foi o Índice de Qualidade do Bem-Estar (305 pontos). Esse bom resultado se explica pela queda de 1,1% no desemprego, ao aumento em 0,5% do número de pessoas com rendimento superior a R$ 1.660,00, e à diminuição em 1,1% do Índice de Gini (usado para mensurar a desigualdade social).

Já o Índice de Qualidade do Crescimento, que em abril havia registrado 200,92, evoluiu no mês seguinte para 201,59. O terceiro subíndice, o de Qualidade da Inserção Externa, passou da classificação "ruim" para a "instável" ? de 195,95 pontos em abril para 202,70 em maio. Essa melhoria, de acordo com o boletim, é justificada pela evolução nas reservas internacionais e a variação dessazonalizada de -1,2% na renda líquida enviada ao exterior.

Embora ainda esteja longe do patamar alcançado em novembro de 2007, antes da crise internacional (334,20 pontos), o IQD dá demonstrações claras de que as condições de desenvolvimento reagem à turbulência econômica nos países ricos. O índice é calculado todos os meses, e as fontes utilizadas para sua elaboração foram o IBGE, o Banco Central, a FGV, o Inpe e o próprio Ipea.

Leia o IQD referente ao mês de maio