O crescimento industrial brasileiro a partir de 1968 foi impulsionado por incentivos e instrumentos de política econômica, apesar da ausência de uma política industrial bem estruturada e integrada aos objetivos macroeconômicos. Esse processo resultou em avanços significativos, mas trouxe custos sociais elevados devido à má utilização dos incentivos ao capital industrial. Foram identificadas duas fases distintas no período analisado: uma fase de recuperação, marcada pelo uso de capacidade ociosa e crescimento de bens de consumo duráveis, e uma fase de sustentação, caracterizada pela liderança da produção de bens de capital, beneficiada por novos incentivos e melhores condições de financiamento. Apesar do crescimento, destacam-se a limitada contribuição das exportações, o aumento das importações em certos setores e a concentração regional do desenvolvimento industrial. Os autores apontam para a continuidade do crescimento industrial com base na produção interna de bens de capital, diversificação das exportações e substituição de importações em setores dinâmicos, desde que haja um suprimento contínuo de crédito adequado.