Nos últimos 40 anos, o Brasil evoluiu muito na produção de estatísticas sobre as desigualdades de gênero e raça. Para isso acontecer, foi imprescindível a consolidação dos quesitos de raça/cor nas pesquisas e censos do IBGE, bem como a progressiva coleta dessas informações nos registros administrativos do Governo Federal.
Os indicadores deste Retrato apontam para persistentes desigualdades de gênero e raça em nosso país. Essas desigualdades são socialmente construídas e medidas por meio das categorias de sexo e raça/cor, assim como definidas pelo IBGE. Para saber mais sobre as fontes de dados clique aqui.
Ainda assim, podemos elencar alguns grandes desafios que permanecem para coletar, padronizar, qualificar e divulgar as desigualdades de gênero e raça em nosso país:
1- A inexistência de uma pesquisa nacional de uso do tempo, a fim de medir com acurácia o trabalho não remunerado das mulheres e homens no cuidado e nos afazeres domésticos.
2- Para além do quesito de sexo observado, a virtual inexistência da coleta de quesitos sobre identidade de gênero e orientação sexual, questões sociais que impactam de forma decisiva a experiência de gênero e raça. Aqui cabe uma ressalva de que o IBGE já coleta a informação de arranjos domiciliares formados por casais do mesmo sexo.
3- A dificuldade da coleta, padronizada e autodeclarada, do quesito raça/cor nos registros administrativos do Estado brasileiro.
São lacunas importantes, inclusive se comparado aos outros países da região. Recentemente, o Brasil tem avançado para superar alguns desses desafios.
Em sua versão atual, o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça privilegia o acompanhamento anual de indicadores calculados a partir dos dados primários coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).
São mais de 300 tabelas e 2000 gráficos para você baixar! Navegue pelos temas de seu interesse!