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‘Atlas da Violência’, do Ipea, vira referência para prêmio de jornalismo do Instituto Vladimir Herzog
Esta é a 17ª edição do Prêmio Fernando Pacheco Jordão para Jovens Jornalistas e tem como tema “Retrato das Violências no Brasil”
Publicado em 25/03/2025 - Última modificação em 25/03/2025 às 15h20

Créditos: Helio Montferre/Ipea
O Atlas da Violência, elaborado pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi selecionado como um dos documentos de referência para a décima sétima edição do Prêmio Fernando Pacheco Jordão para Jovens Jornalistas. O prêmio, criado pelo Instituto Vladimir Herzog, abordará neste ano o tema “Retrato das Violências no Brasil”.
As propostas de pauta deverão abordar os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, feito pelo FBSP, e pelo Atlas da Violência 2024. As inscrições estão abertas até o dia 6 de abril.
O pesquisador do Ipea e coordenador do Atlas da Violência, Daniel Cerqueira, comemorou a indicação do Atlas como referência para o prêmio, explicando o porquê da criação do documento: “Quando nós idealizamos, não apenas o documento e o relatório anual, mas também o site, nós pensamos em conjugar três elementos ali. Em primeiro lugar, um espaço em que estivessem facilmente disponíveis os dados sobre violência no Brasil. Além dos dados, as análises críticas e reflexivas sobre tanta violência e quem são os grupos acometidos por essa violência. Em terceiro lugar, a gente pensou em trazer um documento para revelar a violência entre populações sociais minoritárias, muitas vezes invisibilizadas”.
O Atlas 2024 traz um retrato sobre a dinâmica dos homicídios no país e apresenta temas importantes e serem discutidos no Brasil. O documento busca entender o panorama de homicídios, com recortes específicos sobre a violência contra a juventude, contra a população negra, contra a mulher, a população LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e indígenas, além de explorar a dinamização da violência por meio das questões que envolvem armas de fogo.
Segundo o Instituto Vladimir Herzog, o vasto espectro do tema proposto abre a oportunidade para que jovens jornalistas explorem as histórias por trás dos números e a face humana dos dados. Serão selecionadas cinco propostas de pauta, uma para cada região do país, e as equipes vencedoras receberão bolsas no valor de R$ 5 mil e terão a oportunidade de trabalhar com jornalistas experientes convidados pelo IVH, que atuarão como mentores na produção das reportagens. O prêmio também garantirá aos vencedores a participação no Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que acontecerá em julho de 2025, em São Paulo.
O prêmio foi criado em homenagem ao jornalista Fernando Pacheco Jordão, falecido em 2017 e que escreveu o livro “Dossiê Herzog – prisão, tortura e morte no Brasil”. Desde 2009, o prêmio mobilizou cerca de 3.200 estudantes de jornalismo e 870 professores de 212 escolas de comunicação em todo o Brasil, resultando em 70 reportagens investigativas, realizadas por 147 estudantes de 36 universidades e faculdades, sob a orientação de 56 professores e 38 jornalistas mentores.
As inscrições devem ser através do site www.jovemjornalista.org.br.
Acesse aqui a última versão do Atlas da Violência.
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